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Maia diz que doações que recebeu da Odebrecht foram registradas

Durante a entrevista, Maia disse ainda não ter decidido sobre lançar candidatura à sucessão presidencial

Maia: "O que foi doado está registrado", afirmou Maia em entrevista (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Maia: "O que foi doado está registrado", afirmou Maia em entrevista (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 18h19.

São Paulo - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), negou ter recebido doações em "caixa dois" da Odebrecht. Diante de acusações de repasses ilegais feitas por delatores do grupo, ele garantiu que as contribuições da empreiteira à campanha de seu pai, o vereador e ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM-RJ), estão devidamente registradas.

"O que foi doado está registrado", afirmou Maia em entrevista ao Grupo Estado.

No domingo, o jornal O Globo noticiou que a Polícia Federal obteve provas de que Maia esteve na sede da Odebrecht no Rio de Janeiro no mesmo dia em que a contabilidade de pagamentos ilícitos da Odebrecht registrou um repasse a seu pai.

Nesta segunda-feira, 29, o presidente da Câmara afirmou ter recebido doações de duas empresas ligadas a Odebrecht, mas garantiu que tudo está registrado. Acrescentou ainda que sua defesa vai provar que as informações dos delatores são contraditórias e não são verdadeiras.

Durante a entrevista, Maia disse ainda não ter decidido sobre lançar candidatura à sucessão presidencial e considerou que ainda é prematuro falar sobre as eleições.

Segundo ele, a Câmara tem uma agenda extensa a avançar antes de outubro. Após a votação da reforma da Previdência, prioridade na volta do recesso parlamentar, ele citou a privatização da Eletrobras e a revitalização do rio São Francisco, assim como temas de segurança pública e da agenda microeconômica, entre os projetos a serem debatidos pela Casa.

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