Maia decide se filiar ao PSDB um ano após crise com o DEM
O deputado licenciado e secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de SP estava sem partido desde junho do ano passado, quando saiu do DEM
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de março de 2022 às 19h37.
Última atualização em 22 de março de 2022 às 19h44.
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) decidiu se filiar ao PSDB. O deputado licenciado e secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo estava sem partido desde junho do ano passado, quando saiu do DEM.
A informação foi confirmada pelo Estadão com o próprio Maia e com o presidente do PSDB, Bruno Araújo. De acordo com Araújo, Maia será o presidente estadual do PSDB no Rio e também vai comandar a federação do partido com o Cidadania. O ex-presidente da Câmara é aliado do presidenciável e governador de São Paulo, João Doria, e coordena o plano de governo do pré-candidato.
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A saída de Maia do DEM foi articulada ainda em fevereiro de 2021 logo após ele ver a maioria da bancada do partido na Câmara apoiar o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) para comandar a Casa, e não Baleia Rossi (MDB-SP), que era o seu candidato à própria sucessão.
O deputado chegou a criticar duramente o então presidente do DEM ACM Neto. Não apenas o chamou de "malandro baiano" como o acusou de ter um acordo com o governo federal para eleger Lira.
Antes de optar pelo PSDB, o deputado do Rio negociou com o PSD, para onde foram alguns de seus aliados, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Fazenda do Rio, Pedro Paulo. Após uma reaproximação com ACM Neto, Maia também considerou ir para o União Brasil, nova legenda que nasceu da fusão do DEM com o PSL.
Uma articulação comandada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) tentou colocar Maia no comando do diretório estadual do União, mas não obteve sucesso. No Rio, a nova sigla é comandada pelo prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como "Waguinho". Com o fracasso da operação, Sóstenes, que também era do DEM, foi outro a se desfiliar e entrou no PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
No ano passado, antes do surgimento do União Brasil, o DEM perdeu outros quadros relevantes. Além de Eduardo Paes integra essa lista o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que também trocou a legenda pelo PSD. No DEM, Maia assumiu cargos de destaque, como a própria presidência nacional do partido. Foi durante a gestão do deputado que a sigla deixou de se chamar PFL e passou adotar o nome Democratas.