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Maia, cada vez mais candidato ao Planalto, vai ao Estados Unidos

ÀS SETE - Deputado começou o ano tentando turbinar seu nome para uma candidatura à Presidência nas eleições de outubro

Rodrigo Maia: presidente da Câmara embarca para os Estados Unidos fazer o famoso tour de candidato (Cristiano Mariz/VEJA)

Rodrigo Maia: presidente da Câmara embarca para os Estados Unidos fazer o famoso tour de candidato (Cristiano Mariz/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 06h33.

Última atualização em 12 de janeiro de 2018 às 07h19.

A estratégia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tentar ser um dos candidatos à presidência da República em outubro fica cada vez mais clara.

O deputado começou o ano tentando turbinar seu nome. Tem viajado, se encontrado com lideranças políticas e tornaram-se comuns notas na imprensa falando sobre sua candidatura.

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Amanhã, embarca para os Estados Unidos fazer o famoso tour de candidato, já utilizado, por exemplo, por outro deputado, Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em outubro.

Maia vai se encontrar com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Gutierrez, jornalistas e diplomatas americanos.

Depois, segue para o México para falar com investidores internacionais. Como outros postulantes, busca decolar nas próximas pesquisas, que serão termômetro para saber quem fica e quem sai da corrida eleitoral.

Mesmo que negue, o deputado quer aproveitar o momento e tentar uma ainda improvável vaga ao Planalto.

Em entrevista ao jornal O Globo, afirmou ver uma “avenida aberta” na disputa pelo cargo. J

á angariou, ainda que não definitivamente, o apoio do PP, e busca o do PR e do PSC (que deixará de ser a casa de Jair Bolsonaro).

Assim como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD-SP), Maia usaria como plataforma a defesa do legado econômico do governo Temer.

Justamente por isso, tem criticado o ministro sempre que possível – Meirelles também é adepto da tática de tentar se destacar até abril, quando os candidatos devem estar filiados aos partidos pelos quais vão concorrer.

Em oposição a Meirelles, o deputado federal vai tentar colar a ideia de que representa a juventude e que traz ideias novas para um ambiente com cheiro de naftalina.

Esse argumento também poderá ser colocado em contraposição a Geraldo Alckmin (PSDB-SP), velho conhecido dos eleitores e que também aparece como um candidato moderado no ponto de vista econômico.

O tempo como presidente da Câmara, onde tocou matérias importantes, servirá para mostrar que também traz experiência. Tudo isso, claro, na teoria.

Falta combinar com os russos. Se a reforma da Previdência fracassar, ou mesmo se sofrer novos adiamentos, a imagem de Maia pode sofrer junto. Ontem, o presidente Michel Temer concedeu uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo elogiando Alckmin e dizendo que prefere Meirelles na Fazenda e que Maia deve tentar uma reeleição à Câmara.

Se tudo correr como previsto, a candidatura de Maia será lançada na convenção nacional do DEM, em 28 de fevereiro. Seja como for, a viagem internacional para cacifar seu nome fora do Brasil estará feita.

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