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Maia afirma que DEM terá candidato à Presidência em 2018

Presidente da Câmara afirmou também que irá concorrer à reeleição como deputado federal pelo Rio de Janeiro

Rodrigo Maia: deputado afirmou que seu partido terá um candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 (José Cruz/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: deputado afirmou que seu partido terá um candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 12h08.

Última atualização em 21 de agosto de 2017 às 13h28.

São Paulo - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou nesta segunda-feira, 21, que seu partido terá candidato próprio nas eleições de 2018. Em entrevista durante o Fórum Estadão, o parlamentar disse que as divergências dentro do PSDB abrem espaço para que o DEM trilhe caminho próprio.

Maia negou que o DEM tenha convidado o prefeito de São Paulo, João Doria, para ingressar no partido e ser candidato pela sigla ao palácio do Planalto em 2018.

"Não, o Dória é do PSDB. O Dória e o Geraldo (Alckmin, governador de São Paulo) vão se entender no PSDB e o DEM vai ter candidato próprio à presidente", afirmou Maia.

"Divergências dentro do nosso principal aliado, que é o PSDB, são uma oportunidade que o DEM tem de construir o seu próprio projeto. Este foi nosso sonho e nunca foi possível", disse o presidente da Câmara aos jornalistas.

Segundo ele, partido "serve para ocupar poder". "Então ninguém pode querer ter um partido para ser auxiliar dos outros."

Na entrevista, Maia negou interesse em ser o candidato do DEM para Presidência da República em 2018. Ele disse que é candidato à reeleição de deputado e, mais ainda, anunciou que pretende concorrer novamente à presidência da Câmara. "Sou pré-candidato a presidente da Câmara", afirmou o parlamentar fluminense.

"O caminho do DEM é organizar, entender toda a crise que o Brasil vive, conversar com a sociedade e construir uma nova mensagem." O partido defende as reformas estruturais e o corte de gastos, disse ele.

Para Maia, o voto distrital misto aprovado é muito além do que um simples imediatismo. "Será uma grande vitória para a democracia brasileira", afirmou aos jornalistas.

"Sou a favor de um fundo temporário até que Senado aprove doação empresarial", disse o parlamentar ao falar do financiamento das campanhas. Ao mencionar recursos públicos para o financiamento, Maia disse que o Brasil tem um déficit fiscal brutal e por isso, em qualquer despesa que se crie, é necessário saber de onde virão os recursos. "Não tem mais orçamento.", enfatizou.

Impeachment

Rodrigo Maia também disse que a autorização de um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer, agora, não parece ser a coisa mais razoável.

O deputado afirmou que a Casa já decidiu sobre o assunto, ao rejeitar a denúncia por corrupção passiva contra Temer - a qual, se tivesse sido aceita, poderia ter levado ao afastamento do presidente do cargo.

"A Câmara já julgou os fatos que estão colocados na maioria dos pedidos de impeachment (de Temer) na denúncia. Se a gente for ficar agora remoendo o mesmo assunto, acho que só vai gerar instabilidade no País. A Câmara já decidiu sobre esse assunto. Foi uma decisão democrática. Alguns acham bom outros acham ruim, mas que foi democrática, foi", afirmou, lembrando que a votação se deu por meio de voto nominal e aberto. "Cumpriu todo o regimento", ressaltou.

A declaração foi uma resposta à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na semana passada, a entidade entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com mandado de segurança, com pedido de liminar, para tentar obrigar Maia a analisar o pedido de impeachment de Temer feito pelo órgão.

O pedido foi protocolado em 25 de maio deste ano, com base na delação de membros do grupo J&F, mas até agora não teve nenhum despacho por parte do presidente da Câmara.

A delação dos executivos e donos do grupo J&F atingiram Temer fortemente culminaram com a apresentação, pela Procuradoria-Geral da República, de denúncia por corrupção passiva contra o presidente da República.

"Fazer o mesmo processo com as mesmas informações que temos em um processo de impedimento é a gente querer parar o Brasil. Não me parece a coisa mais razoável", declarou Maia.

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