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Mãe de santo Giselle Cossard morre no Rio

A mãe de santo e antropóloga Giselle Cossard, referência no candomblé do Rio, morreu aos 92 anos

Candomblé: a antropóloga marroquina se encantou pelo Brasil ao vir com o marido diplomata e não só se converteu à religião de matriz africana como levou os dogmas para a Europa (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2016 às 08h56.

São Paulo - A mãe de santo Giselle Cossard, referência no candomblé do Rio , morreu anteontem aos 92 anos.

A antropóloga marroquina, filha de franceses, se encantou pelo Brasil ao vir com o marido diplomata e não só se converteu à religião de matriz africana como levou os dogmas para a Europa . Ela escreveu livros e teses sobre a religião para universidades francesas.

Giselle chegou ao Brasil na década de 1960, depois de ter atuado, na juventude, como espiã da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial. Em sua estadia no Rio, se iniciou no candomblé, se tornou mãe de santo e assumiu o nome Omindarewa. Seu terreiro em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, tem cerca de 300 filhos de santo.

O integrante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio Ivanir dos Santos disse que a história da conversão de Giselle ao candomblé ocorreu em um momento em que a religião era alvo de preconceito e discriminação. "Ela se converteu da maneira mais tradicional ao candomblé, em sua raiz. Virou uma verdadeira embaixatriz da cultura africana."

Diretor de Intercâmbio Cultural do Consulado da França no Rio, Bertrand Rigot-Muller, classificou a trajetória de vida da antropóloga como "completamente fora do comum". "Ela buscou se aproximar das tradições do brasileiro, que é espiritual por cultura." O enterro ocorrerá às 16 horas de hoje no Cemitério da Ordem Terceira da Penitência, na zona norte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O integrante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio Ivanir dos Santos disse que a história da conversão de Giselle ao candomblé ocorreu em um momento em que a religião era alvo de preconceito e discriminação. "Ela se converteu da maneira mais tradicional ao candomblé, em sua raiz. Virou uma verdadeira embaixatriz da cultura africana."

Diretor de Intercâmbio Cultural do Consulado da França no Rio, Bertrand Rigot-Muller, classificou a trajetória de vida da antropóloga como "completamente fora do comum". "Ela buscou se aproximar das tradições do brasileiro, que é espiritual por cultura." O enterro ocorrerá às 16 horas de hoje no Cemitério da Ordem Terceira da Penitência, na zona norte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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