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Maduro classifica ordem de prisão contra Lula como "canalhice vergonhosa"

Maduro afirmou que Lula é um "homem honesto", que "vem da fábrica, um símbolo mundial de superação"

Nicolás Maduro: para o presidente da Venezuela, a "campanha nos veículos de imprensa para acabar com Lula é impressionante" (Miraflores Palace/Reuters)

Nicolás Maduro: para o presidente da Venezuela, a "campanha nos veículos de imprensa para acabar com Lula é impressionante" (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de abril de 2018 às 20h10.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou nesta sexta-feira como uma "canalhice vergonhosa" a ordem de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex.

"Venho expressar a consternação e a dor de todo o povo da Venezuela pela perseguição contra o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva. É uma canalhice vergonhosa o que está se fazendo contra ele", afirmou Maduro em um ato de governo transmitido em rede nacional de televisão pela emissora estatal "VTV".

Maduro afirmou que Lula é um "homem honesto", que "vem da fábrica, um símbolo mundial de superação". "É um líder democrático, moral, um homem comprometido com o povo, que tirou 38 milhões de pessoas da pobreza no Brasil", afirmou.

"Uma pessoa que foi no início deste século XXI um símbolo mundial de justiça, de democracia, mas que as elites oligárquicas do Brasil neofascista decidiram perseguir", disse Maduro no discurso.

Para o presidente da Venezuela, a "campanha nos veículos de imprensa para acabar com Lula é impressionante". Maduro também reiterou que houve um golpe de Estado no Brasil.

"Derrubaram primeiro a presidente eleita Dilma Rousseff com um golpe parlamentar, agora querem colocar Lula na prisão", afirmou.

"Querem prendê-lo porque ele está liderando todas as pesquisas. E se Lula for candidato é certo que o povo do Brasil o fará presidente novamente", completou o presidente da Venezuela.

"Os povos do mundo dizem Lula livre. Pelo fim da perseguição contra Lula da Silva", concluiu Maduro.

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