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Lula vai a Moçambique, em sua última viagem à África como presidente

Lula visitará entre terça-feira e quarta-feira Maputo, a capital de Moçambique, na qual se reunirá com as principais autoridades do país e com empresários

Moçambique é o país africano considerado mais "simbólico" para receber Lula pela última vez como presidente do Brasil (AGÊNCIA BRASIL)

Moçambique é o país africano considerado mais "simbólico" para receber Lula pela última vez como presidente do Brasil (AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 18h32.

Rio de Janeiro - Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente brasileiro que mais vezes visitou a África como chefe de Estado, viajará nesta segunda-feira a Moçambique para a sua última visita a um país africano durante seu mandato.

Lula visitará entre terça-feira e quarta-feira Maputo, a capital de Moçambique, na qual se reunirá com as principais autoridades do país e com empresários das duas nações, e visitará uma fábrica de remédios que está sendo construída com a ajuda brasileira.

"Do ponto de vista simbólico, Moçambique é provavelmente o país africano mais propício para esta ocasião", afirmou o secretário de imprensa da Presidência, Carlos Villanova, ao anunciar os detalhes da viagem e destacar que se trata da despedida de Lula da África.

"Nos últimos oito anos, as relações com Moçambique intensificaram-se muito em função da renovada prioridade que a política externa brasileira concedeu ao continente africano", acrescentou Villanova.

Lula ampliou significativamente a presença diplomática brasileira no continente e atualmente o país tem embaixadas em 34 nações africanas, o que permitiu ao Brasil ampliar significativamente o comércio com a África, aumentar a influência na região e facilitar a entrada de empresas brasileiras no continente, entre elas a Petrobras, a Vale e a Odebrecht.

O comércio entre Brasil e os países africanos saltou de cerca de US$ 5 bilhões em 2003, quando Lula assumiu o Governo, para US$ 29 bilhões no ano passado.

A crescente troca tornou a África a quarta maior parceira comercial do Brasil.

Lula também pôs em andamento um projeto para construir no Brasil uma universidade destinada a estudantes brasileiros e de nações de língua portuguesa na África.

A Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab), segundo as previsões do Governo, começará a funcionar no ano que vem em Fortaleza, que foi a primeira cidade que aboliu a escravidão, cinco anos antes da sanção da Lei Áurea, que a extinguiu definitivamente em 1888.

A prioridade dada ao continente africano também se traduziu em importantes projetos de cooperação e na abertura de escritórios da Emprapa na África.

A cooperação também foi estendida à área da saúde e tornou viável o projeto pelo qual a Fiocruz está ajudando Moçambique a montar uma fábrica de remédios contra a aids com equipamentos doados pelo Brasil.

Segundo Villanova, Moçambique é o principal beneficiado da cooperação brasileira no mundo depois do Haiti.

Em sua última visita a um país africano, Lula se reunirá em Maputo com o primeiro-ministro de Moçambique, Aires Ali, e com o presidente, Armando Guebuza, assim como com um grupo de empresários dos dois países.

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