Lula pediu conversas com partidos que têm ministérios para cobrar fidelidade da base, diz Padilha
'Não sou marinheiro de primeira viagem', afirmou o ministro das Relações Institucionais sobre as críticas à sua atuação
Agência de notícias
Publicado em 8 de maio de 2023 às 17h25.
Em meio a uma crise na articulação política do governo com o Congresso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha , afirmou nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que sejam feitas conversas com partidos que comandam ministérios para cobrar fidelidade da base.
As primeiras reuniões, segundo o ministro, serão com PSB e PSD. Depois, com MDB e União Brasil. Padilha afirmou que “certamente” será debatida na reunião com ministros e respectivas bancadas os votos que os partidos entregam no Congresso.
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"Você tem o Ministério das Cidades, um dos autores do saneamento. A bancada do MDB votou contra. É o momento do ministério e representantes da bancada e a articulação política entenderem os motivos. E isso vai ser feito num ambiente o mais tranquilo possível", afirmou.
Críticas à atuação de Padilha no Governo
Sobre as críticas à sua atuação, o ministro se defendeu:
"Estou acostumado com as tarefas desse cargo, não sou marinheiro de primeira viagem. Sei que é um cargo que o tempo todo as pessoas discutem e temos tranquilidade para seguir as prioridades estabelecidas".
Semana de 'derrotas'
O governo vem de semanas de derrotas no Congresso. Foram criadas quatros comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Uma delas, a CPI dos Atos Golpistas, é conjunta na Câmara e no Senado. As outras três são da Câmara. Entre elas, a CPI do MST, que pode causar desgaste ao governo.
Na semana passada, a Câmara derrubou um decreto de Lula que alterava o marco do saneamento básico. Mesmo partidos que têm ministros votaram contra o governo.
"Temos tido muitas vitórias. Tivemos uma derrota na semana passada, é raríssimo time ser campeão invicto. Pra ser campeão você não pode perder a final. Estamos construindo um time, uma base, para ganhar e ser vitorioso nas votações prioritárias".
O ministro falou com a imprensa após uma reunião com Lula, na qual foi tratada a estratégia de diálogo com a Câmara e com o Senado.