Lula: presidente disse que irá se informar sobre a situação (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)
Redação Exame
Publicado em 24 de junho de 2023 às 09h39.
Última atualização em 24 de junho de 2023 às 09h41.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou responder perguntas de jornalistas sobre o levante militar promovido pelo grupo paramilitar Wagner contra as Forças Armadas do governo de Vladimir Putin. Durante entrevista coletiva, em Paris, o líder brasileiro afirmou que ainda vai buscar informações sobre a "chamada rebelião".
Lula foi questionado por três jornalistas diferentes, do Brasil e da França, sobre a situação na Rússia. Mas ressaltou que ainda não tinha as informações necessárias para emitir uma opinião.
"Seria chutar de forma precipitada. Prefiro não falar", afirmou o presidente. "Vou conversar com muita gente sobre essa chamada rebelião", garantiu.
Lula afirmou ser precipitado emitir um "juízo de valores" sobre o motim armado. No entanto, ele lamentou que russos e ucranianos dispensem conversas de paz, no momento, por acharem que podem sair vitoriosos do conflito.
"Eu sou contra a guerra. Quero paz. Condenamos invasão. Mas isso não implica que eu ou ficar fomentando a guerra. Por enquanto, eles não querem sentar para discutir, por achar que podem ganhar", ressaltou o presidente brasileiro, que ainda alfinetou o governo do presidente americano, Joe Biden. "Tem muita gente brigando pela paz. Espero que logo os Estados Unidos queiram encontrar a paz. Vai ser mais fácil".
O grupo paramilitar Wagner, que até então era aliado do Kremlin na guerra da Ucrânia, convocou uma rebelião armada para derrubar o governo Putin.
O desentendimento entre o governo da Rússia e os mercenários ganhou grandes proporções depois que o líder do grupo, Yevgeny Prigojin, acusou o exército de bombardear suas bases próximas à linha de frente da guerra da Ucrânia. Veja o que se sabe até agora sobre o conflito entre a Rússia e o grupo Wagner.