Brasil

"Eles têm medo", diz Lula sobre PSDB

Citando problemas na educação e no transporte, Lula afirmou que falta humildade aos tucanos


	O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Não é possível que as pessoas que governam o Estado não tenham humildade para compreender" os problemas atuais, declarou
 (Adriano Machado/Bloomberg)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Não é possível que as pessoas que governam o Estado não tenham humildade para compreender" os problemas atuais, declarou (Adriano Machado/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2014 às 17h00.

Osasco, SP - O ex- presidente Luis Inácio Lula da Silva dividiu na noite desta sexta-feira o palanque de um evento do PT com o provável candidato do partido ao governo de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, e não poupou de críticas o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o fato de o PSDB estar há 20 anos no comando do Estado.

Segundo Lula, se o PT conseguir governar São Paulo, será difícil os tucanos voltarem ao poder. "Eles têm medo", afirmou. "Se o PT no Estado (de SP) fizer o que fizemos no Brasil, eles (PSDB) nunca mais voltarão a governar o Estado", disse.

Citando problemas na educação e no transporte, o líder petista afirmou que falta humildade aos tucanos. "Não é possível que as pessoas que governam o Estado não tenham humildade para compreender" os problemas atuais, declarou.

Já Padilha disse que Alckmin mente para a população em relação aos problemas de desabastecimento de água. "A gente cobra a verdade do governador na questão da água e eles respondem com mentira", afirmou. Segundo Padilha, o PT terá o compromisso de cuidar do abastecimento de água no Estado.

O petista reclamou ainda do comportamento dos prováveis adversários e disse que "tenta trazer debate de alto nível e eles respondem com baixaria". "Quero dizer a eles que, se eu tivesse medo de cara feia, não teria ajudado a presidente Dilma a implantar o programa Mais Médicos", afirmou.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que também discursou no evento, elogiou a capacidade de Padilha de criar programas e citou especialmente o Mais Médicos. Segundo ela, Padilha enfrentou as críticas da classe médica e mostrou o compromisso do PT com a população.

Miriam comparou a militância do PT à torcida do Corinthians e disse que os petistas, como um "bando de loucos", vão eleger Alexandre Padilha governador de São Paulo.

Já o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, lembrou, ao discursar, a trajetória do partido durante as nove campanhas ao governo estadual. A escolha de Padilha como candidato foi "consenso" na legenda "para essa tarefa gigantesca" que é governar o Estado, de acordo com ele.

Efeito Haddad

Lula fez uma singela defesa da atual gestão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e disse que é preciso julgá-lo apenas depois dos quatro anos de mandato. O ex-presidente comparou ainda a situação de Padilha com a do prefeito, que começou sua campanha eleitoral com apenas 3% das intenções de voto.

"Não se preocupe porque você ainda não apareceu em primeiro lugar nas pesquisas. Esse é um processo", afirmou Lula. "Você tem a mais extraordinária oportunidade, da mesma forma que o Haddad teve", destacou.

Após o evento, Padilha disse não temer que a recente queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff interfira em sua campanha. "Estou muito confiante na reeleição da presidente Dilma", afirmou.

Questionado a respeito de possíveis impactos do caso Petrobras em sua campanha, ele disse que em todas as campanhas, "a oposição, que não gosta da empresa, que quis privatizá-la" tentou transformar essa questão em tema eleitoral "e foram derrotados".

Acompanhe tudo sobre:Alexandre PadilhaLuiz Inácio Lula da SilvaOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Após explosões em Brasília às vésperas do G20, segurança será reforçada no Rio

Praça dos Três Poderes é isolada após explosões; bombeiros e polícia estão no local

STJ autoriza cultivo de cannabis medicinal no Brasil e dá 6 meses para regulamentação da Anvisa