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Lula diz não querer "vingança" caso vença, mas Bolsonaro "terá de se explicar"

"Ele [Bolsonaro] vai ter de se explicar sobre as 400 mil mortes que causou na pandemia. Ele vai ter de explicar a rachadinha. Vai ter de explicar os sigilos de 100 anos dos documentos", afirmou Lula

Eleições 2022: Luiz Inácio Lula da Silva revela planos se for eleito (Gustavo Minas/Bloomberg/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 18h35.

Última atualização em 21 de outubro de 2022 às 19h37.

Ao lado da senadora Simone Tebet (MDB-MS), do vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), e da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a subir o tom de seu discurso contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, nesta sexta-feira, 21, em Teófilo Otoni, no norte de Minas Gerais.

"Obviamente, a gente não quer ganhar as eleições para fazer vingança contra ninguém. O único objetivo que temos é provar que o brasileiro pode ter três refeições por dia. Mas ele (Bolsonaro) terá de se explicar", disse o ex-presidente.

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"Ele [ Bolsonaro ] vai ter de se explicar sobre as 400 mil mortes que causou na pandemia (de covid-19). Ele vai ter de explicar a rachadinha na Assembleia do Rio de Janeiro. Vai ter de explicar os sigilos de cem anos dos documentos", afirmou Lula.

Tebet cantou o refrão utilizado por apoiadores do ex-presidente "tá na hora de Jair já ir embora" e afirmou que apoia a eleição de Lula sobretudo em defesa da democracia. A emedebista é cotada para ocupar as pastas da Agricultura ou Educação num eventual governo Lula.

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"Quero ver Lula presidente para tirar desse país um governo que não respeita a democracia, não respeita as leis e não respeita as famílias", afirmou Tebet. "Em alto e bom som: estou aqui apoiando Lula". E, dirigindo-se ao petista, a senadora afirmou: "Lula, eu estou aqui porque você vai cuidar do povo brasileiro. Quero vê-lo novamente presidente".

Em referência indireta à declaração dada semana passada por Bolsonaro na qual o presidente afirmou que "pintou um clima" com meninas venezuelanas de 14 e 15 anos, Tebet foi bastante enfática: "Lugar de pedófilo é na cadeia", disse.

Paulo Brant disse durante sua fala que "Minas Gerais é o berço da liberdade no Brasil" e que "o povo mineiro não pode negar seu apoio a Lula nesse momento".

Marina Silva, por sua vez, afirmou que ela e Tebet ao lado de Lula representam o apoio da população brasileira ao petista. "Estamos juntas. Uma mulher branca e católica (Tebet) e, outra, uma mulher negra e evangélica (ela própria), ao lado de Lula", disse a deputada eleita.

Juiz de Fora

No período da tarde desta sexta-feira, Lula, Tebet e Marina Silva participam de outra caminhada em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, município visitado por Bolsonaro há dois dias.

Local do atentado a faca contra Bolsonaro há quatro anos, Lula recebeu 55,27% dos votos válidos no município, no primeiro turno ante 33,69% de Bolsonaro.

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