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Lula de volta a Curitiba. E agora?

Na eterna queda de braço entre o governo interino e o afastado, a terça-feira começou com uma bomba contra o PT. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltem para o juiz federal Sergio Moro. Entre elas está o […]

LULA: Advogados do petista queriam 55 dias para avaliar denúncia. Magistrado deu só cinco / Ueslei Marcelino/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 06h26.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.

Na eterna queda de braço entre o governo interino e o afastado, a terça-feira começou com uma bomba contra o PT. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltem para o juiz federal Sergio Moro. Entre elas está o inquérito das obras feitas por empreiteiras no tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia. As investigações estão na capa do jornal O Globo desta terça-feira.

Mas há um alento, para Dilma Rousseff: Teori ainda anulou algumas das gravações feitas entre Lula e a presidente afastada, como o famoso áudio em que ela diz ter enviado “pelo Bessias” o termo de posse de Lula como ministro da Casa Civil. O grampo, segundo Teori, foi feito depois do prazo legal. Os casos dos ex-ministros Jaques Wagner, Edinho Silva e Ideli Salvatti, que perderam direito a foro privilegiado, também foram enviados a Curitiba.

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A decisão de Teori vem depois de uma boa notícia para Dilma, anunciada ontem: o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, autorizou a realização de uma perícia internacional nas contas do governo para determinar se aconteceram as pedaladas que levaram a seu afastamento pelo Congresso.

Dilma ganhou, portanto, uma nova esperança quanto à avaliação técnica do impeachment. No lado político, a ida de Lula e de seus aliados a Curitiba enfraquece a cúpula do PT e, por consequência, seu governo. Enquanto isso, as testemunhas continuam a ser ouvidas na comissão do impeachment no Senado que pode impedir Dilma definitivamente. O certo é que, a partir de hoje, o efeito Sergio Moro vai ser ainda mais importante para os acontecimentos em Brasília.

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