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Lula avalia como positiva eleições de Alcolumbre e Motta e cogita entregar SRI ao Centrão

Governo cogita nomear como ministros ex-presidentes do Senado e da Câmara para reforçar articulação política no Congresso

Brasilia - DF - Distrito Federal - Palacio do Congresso Nacional

Foto: Leandro Fonseca
data: 27/08/2024 (Leandro Fonseca)

Brasilia - DF - Distrito Federal - Palacio do Congresso Nacional Foto: Leandro Fonseca data: 27/08/2024 (Leandro Fonseca)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 18h50.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2025 às 09h55.

A avaliação entre auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a de que as eleições de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para presidir o Senado Federal e de Hugo Motta (Republicanos-PB) para comandar a Câmara dos Deputados serão positivas para o governo.

“Parabéns ao senador Davi Alcolumbre pelo novo mandato na Presidência do Senado e do Congresso Nacional. Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia. Caminharemos juntos na defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual, com oportunidades para todo o povo brasileiro”, afirmou Lula, em pronunciamento oficial divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Mesmo com as sinalizações de independência de Alcolumbre nos discursos antes e depois de ser eleito neste sábado, auxiliares de Lula relembraram que o presidente do Senado tem um ministro indicado no governo, indicados para agências reguladoras e cargos federais no Amapá.

Articulação política pode ir para o Centrão

E para reforçar a relação entre o governo o Legislativo, uma melhor articulação política também é defendida pelos novos chefes do Congresso. Lula gostaria que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ocupasse a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), mas o senador pela Bahia resiste à ideia.

Alcolumbre e Motta também fizeram chegar ao presidente da República a avaliação de que a SRI deve ser comandada por um expoente do Centrão. Dessa forma, um nome próximo ao grupo no cargo facilitará os trabalhos o Executivo e o Legislativo.

Nesse contexto, o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, passou a ser considerado para a função. Lula tem defendido que Pacheco seja candidato a governador de Minas Gerais, possibilidade assumida por ele neste sábado. O senador mineiro também é cotado para ocupar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A ida de Pacheco para o governo deve sacramentar o apoio do petista à candidatura do parlamentar minieiro e pode embaralhar as negociações do PSD a nível nacional, que tem o presidente do partido, Gilberto Kassab, no governo de Tarcísio de Freitas, em São Paulo, também presidenciável.

Além de Pacheco, são cotados para o posto o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL).

Ida de Lira para o governo também é cogitada

O Centrão também cobiça o Ministério da Saúde, mas Lula resiste a ideia de nomear Arthur Lira (PP-AL) para o posto. Como alternativa, o Executivo tem oferecido a ele o Ministério da Agricultura. A avaliação do Planalto é que o titular da pasta, Carlos Favaro, reconstruiu as pontes do governo com o agronegócio, mas não consegue garantir votos da bancada ruralista.

Lula também fez chegar a Lira a promessa de apoio na candidatura ao Senado em 2026. Com isso, o deputado e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seriam os candidatos de Lula ao Senado no estado. Os dois são adversários políticos em Alagoas, mas auxiliares do presidente da República relembraram que a política permite reconciliações consideradas impossíveis.

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