O presidente Luiz Inácio Lula da Silva: `todos nós, presidentes democratas, precisamos condenar veementemente essa tentativa de golpe´ (Fábio Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
São Bernardo do Campo, SP - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou hoje (1º) as manifestações de policiais e militares do Equador de tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva concedida em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o presidente declarou apoio incondicional ao presidente equatoriano Rafael Correa.
"Rafael Correa é um grande presidente e precisa ser respeitado", disse Lula a jornalistas. "Vamos apoiá-lo sem restrições", disse. Segundo Lula, todos os chefes de Estado dos países sul-americanos têm a mesma posição.
Lula disse que conversou ontem (30) com o presidente da Venezuela, Hugo Chavéz, e ele também declarou seu apoio ao presidente do Equador. "Todos nós, presidentes democratas, precisamos condenar veementemente essa tentativa de golpe no Equador", complementou Lula.
Lula disse também que pretende falar ainda hoje com Correa. Ontem, Lula tentou falar com o presidente equatoriano, mas não conseguiu pois ele estava no hospital.
Ele disse ainda que pediu para ao embaixador brasileiro no país que fosse ao hospital onde Correa estava internado. Porém, o diplomata não conseguiu chegar ao local.
Mais de 800 militares da tropa da Polícia Nacional do Equador se rebelaram ontem (30), em Quito, em protesto à suspensão do pagamento de bônus, gratificações e promoções. Eles chegaram a manter o presidente Rafael Correa refém por algumas horas no Hospital da Polícia de Quito. Ele já foi retirado do local.
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