Grupo de senadores e políticos aliados participam de evento com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na sede do Governo de Transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursa para parlamentares. Foto: Roque de Sá/Agência Senado (Roque de Sá/Agência Senado/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 14h46.
Após anunciar os nomes de 16 novos ministros, o presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira, 29, que fará uma reunião ministerial na próxima semana, além de uma reunião com todos os governadores que também tomarão posse em 1º de janeiro.
"A construção do governo continua e vai continuar após a posse. Os companheiros indicados receberão estudos da transição e vão começar a trabalhar e montar suas equipes. Pretendo depois de dois ou três dias fazer reunião com todos os ministros e logo em seguida uma reunião com os governadores para fazer o levantamento dos principais projetos de infraestrutura educação e saúde", prometeu Lula.
Segundo ele, o governo federal quer compartilhar com os entes subnacionais recursos para a retomada de obras. "Sempre aparece um pouco de dinheiro. Se a Receita Federal trabalhar muito, ela pode arrecadar um pouco mais. Temos mais de 3 mil obras paradas, muitas creches, muitas residenciais do Minha Casa Minha Vida, muitas estradas. Vamos começar o governo trabalhando para gerar emprego, pagar salário e distribuir renda", completou.
Lula voltou a dizer que os ministros indicados receberão um "país destruído", e pediu que todos trabalhem bastante para reativar políticas que teriam sido desmontadas pelo atual governo. "Por favor, sejam o mais democratas possível na montagem do governo, com pessoas com competência técnica. No meu governo, não há medo de escolher políticos, porque fora da política não se acha solução para nada", acrescentou.
O presidente ainda comparou a montagem de seu ministério com a escalação da Seleção Brasileira por Tite para a Copa do Mundo deste ano. "Certamente nem todo mundo gostou do ministério. A escolha do Tite foi unânime na imprensa esportiva, não houve nenhum senão, todos disseram que Tite escolheu seleção perfeita. Achavam que a gente ia ganhar a Copa e deu no que deu. Messi com 35 anos ganhou o título de melhor jogador da Copa e certamente será eleito novamente o melhor do mundo. Quero que vocês ganhem essa copa e que a gente receba o título de melhor governo do mundo", brincou.
Lula encerrou convidando a população a participar da festa da posse no dia 1º de janeiro, apesar do clima de tensão na capital federal após ocorrências de terrorismo causadas por apoiados do presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas. "Todos estão convidados para a posse. Não fiquem preocupados com barulho. Quem perdeu fique quietinho, e nós que ganhamos a eleição vamos fazer uma grande festa", concluiu.
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