Lula afirma que MEC não é obrigado a garantir ensino cívico-militar em escolas públicas
Governo suspendeu o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das prioridades da pasta de Bolsonaro
Agência de notícias
Publicado em 14 de julho de 2023 às 17h26.
Última atualização em 14 de julho de 2023 às 17h43.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não é obrigação do Ministério da Educação ( MEC ) garantir o ensino cívico-militar nas escolas da rede pública, mas uma educação civil igual a todos.
O governo suspendeu o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das prioridades da Pasta na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como mostrou o "Estadão" na última quarta-feira, 12.
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“Ainda ontem, o Camilo [ Santana, ministro do MEC ] anunciou o fim do ensino cívico-militar, porque não é obrigação do MEC cuidar disso”, disse Lula, durante evento de sanção do programa Mais Médicos nesta sexta-feira, 14.
“Se cada Estado quiser criar, que crie, se cada Estado quiser continuar pagando, que continue, mas o MEC tem de garantir educação civil igual para todo e qualquer filho de brasileira ou brasileiro.”
Decisão
A decisão, tomada em conjunto pelos ministérios da Educação e da Defesa, deve ser implementada até o fim do ano letivo, segundo documento enviado aos secretários e obtido pelo Broadcast/Estadão.
As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. São diferentes dos colégios militares, mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar local e com autonomia para montar currículo e estrutura pedagógica.
Criado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o programa do Ministério da Educação tem 202 escolas, com aproximadamente 120 mil alunos. As unidades não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino.