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Lula aceita assumir ministério, diz fonte do Planalto

Segundo fonte do Palácio do Planalto, ex-presidente deve ocupar a Secretaria de Governo, atualmente com Ricardo Berzoini, mas com mais poderes


	Lula: ex-presidente terá hoje uma última conversa com Dilma para acertar o formato do trabalho que fará no governo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Lula: ex-presidente terá hoje uma última conversa com Dilma para acertar o formato do trabalho que fará no governo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2016 às 15h44.

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou ocupar um ministério no governo Dilma Rousseff, informou à Reuters nesta terça-feira uma fonte do Palácio do Planalto, e deve ocupar a Secretaria de Governo, atualmente com Ricardo Berzoini, mas com mais poderes.

O ex-presidente estará na tarde desta terça-feira em Brasília para ter uma última conversa com Dilma para acertar o formato do trabalho que fará no governo.

Havia dúvidas sobre qual pasta o ex-presidente aceitaria, Casa Civil ou Secretaria de Governo, já que a Casa Civil teria, em tese, mais poder.

Ao mesmo tempo, a Casa Civil inclui também uma grande parte administrativa que Lula não gostaria de ter que lidar para poder se concentrar no rearranjo político do governo.

Emergência 

No final desta manhã, com a homologação e divulgação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a presidente convocou seus ministros mais próximos – entre eles José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União, Jaques Wagner, da Casa Civil, Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e o chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo – para uma reunião de emergência, tentando avaliar o impacto das novas denúncias.

Dilma convocou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para dar explicações sobre as acusações de que teria oferecido dinheiro e ajuda a Delcídio, ex-líder do governo no Senado, para que ele não fizesse a delação.

De acordo com duas fontes palacianas, a presidente ficou assustada com o espectro da delação de Delcídio e sem condições de avaliar o impacto que as novas denúncias terão em seu governo.

Na delação haveria uma gravação de Mercadante falando com um assessor próximo de Delcídio, Eduardo Marzagão, e oferecendo dinheiro para que o senador não fizesse a delação.

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