Brasil

Luiza Brunet agradece luta de Maria da Penha

"Graças à luta de uma mulher - Maria da Penha - muitas outras estão buscando justiça. Não devemos calar. #CoragemPraMudar" escreveu Luiza no Instagram

Luiza Brunet:  (Getty Images/Jim Spellman)

Luiza Brunet: (Getty Images/Jim Spellman)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 20h52.

Luiza Brunet usou mais uma vez as redes sociais para mostrar seu apoio a causa das mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil.

Nesta terça-feira (26), a atriz, que denunciou o ex-namorado, Lírio Parisotto, por agressão física, fez uma publicação falando sobre a Lei Maria da Penha.

No post, ela marcou também o perfil do Instituto Maria da Penha (IMP) no Instagram, "sem fins lucrativos cujo objetivo é o enfrentamento a violência doméstica e familiar contra a Mulher".

Novo desdobramento

De acordo com o G1, o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou denúncia criminal contra o empresário Lirio Parisotto. O texto cita como fonte o promotor Carlos Bruno Gaya da Costa, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid).

A denúncia é por lesão corporal e pede responsabilização do empresário nos termos da Lei Maria da Penha. E é acompanhada de dois laudos do Instituto Médico-Legal que comprovam agressões no corpo da modelo, um deles de dezembro de 2015.

A atriz afirma ter sido agredida pelo ex-namorado pela última vez em maio passado, no apartamento de Parisotto em Nova York.

Ao MPE, Parisotto negou as acusações e afirmou que havia sido agredido "muitas vezes" pela modelo. O empresário disse que tinha testemunhas que poderiam comprovar que ele também era vítima de agressões da ex-mulher, e citou episódio ocorrido em 2015, durante uma viagem de barco da Turquia para a Grécia.

Para que Parisotto se torne réu, é preciso que a Justiça aceite a denúncia feita pelo promotor do Gevid.

Negociações

No último dia 15, a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo publicou uma nota dizendo que advogados da ex-modelo teriam procurado o empresário para negociair a separação do casal antes dela denunciá-lo publicamente.

"Segundo [Luiz] Kignel [que representa Parisotto], 'eles pediram R$ 100 milhões pelo que seria a formação de patrimônio em uma união estável'. O advogado afirma que não fez nem fará contraproposta. 'Não houve união estável alguma. O que houve foi um namoro com vários rompimentos inclusive', afirma.

Kignel e o advogado de Brunet, Pedro Egberto da Fonseca Neto, tiveram três encontros no escritório do representante de Parisotto. 'Como nada devemos, nada vamos negociar. Estamos esperando por uma eventual ação dela na Justiça, onde então apresentaremos os fatos', diz Kignel.

O advogado de Luiza Brunet confirma as reuniões. Mas afirma que 'não existiu uma conversa nessa profundidade'. Pedro Egberto da Fonseca Neto nega ter falado de valores e diz que discutiram "apenas a existência da união estável'."

Em resposta à nota publicada pela colunista, a defesa de Luiza Brunet enviou à imprensa uma nota com a versão da atriz:

"As reuniões entre os advogados de Luiza Brunet e de Lírio Parisotto não têm qualquer relação com a representação feita ao Ministério Público de São Paulo sobre a agressão física sofrida pela atriz... O que se vê, nos últimos dias, é uma tentativa desesperada e simplista da defesa do agressor que, em vez de retificar a sua conduta, tenta denegrir a vítima e impedi-la de exercer seus direitos constitucionais. São posturas retrógradas que não encontram ressonância nem apoio na sociedade."

À coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, Pedro Fonseca - um dos advogados da atriz - já havia afirmado que no processo aberto pela atriz não há qualquer pedido de indenização.

"O que ela quer é justiça, como outras vítimas de violência. Acusar Luiza de querer dinheiro com tudo isso é agredi-la novamente."

Relembre o caso

No dia 1ª de julho veio a público a denúncia da atriz de 54 anos contra o ex-marido por agressão. Luiza revelou ter sido espancada por Parisotto em maio, quando o casal estava em Nova York.

Em entrevista ao Fantástico, a ex-modelo disse que teve medo e vergonha de denunciar. "Só quem vive isso sabe do pavor e dos sentimentos conflitantes que tomam conta da gente", desabafou.

A Promotoria abriu inquérito para apurar o caso e pediu à Justiça medidas de proteção para a atriz, acatada pelo Judiciário.

Além do relato sobre a agressão, Luiza entregou à promotoria exames - que comprovam que ela teve quatro costelas quebradas, lesões nas pernas e hematomas no rosto - e fotos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilFeminismoInternetLírio ParisottoMachismoRedes sociais

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP