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Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Lucro do Magazine Luiza sobe; Egito adia visita; Três anos do desastre de Mariana e mais…

Casa em Mariana: Desastre ficou conhecido como a maior tragédia ambiental do país

Casa em Mariana: Desastre ficou conhecido como a maior tragédia ambiental do país

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 06h53.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 07h09.

Três anos do desastre de Mariana

Completa nesta segunda-feira (05) três anos do desastre de Mariana, em Minas Gerais. Há três anos, cerca de 400 famílias viram suas casas serem engolidas pela lama na maior tragédia ambiental do país. No mês passado, procuradores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais anunciaram um acordo final de indenização com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton sobre o rompimento de uma barragem em novembro de 2015. De acordo com os procuradores, o acordo viabilizará o pagamento de indenizações aos familiares das dezenove pessoas que morreram na tragédia, assim como para as pessoas que perderam suas casas e outras propriedades no pior desastre ambiental da história do país, que poluiu o Rio Doce até o mar capixaba. Além disso, um canteiro de obras já foi criado na região, para dar lugar a um reassentamento. Embora a região comece a mostrar sinais de recuperação, um estudo da Universidade Federal de Minhas Gerais (UFMG) mostrou que 24,4% da população entrevistada apresenta insônia, e 46,3% irritabilidade ou crises de raiva, causadas pelo desastre e pela lentidão nas resoluções dos problemas.

Troca no Correios

O ministro da da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, anunciou, nesta segunda, uma troca no comando dos Correios. O atual presidente, Carlos Fortner, vai assumir a Diretoria de Operações, dando lugar para o general Juarez Aparecido de Paula Cunha. A informação foi antecipada ontem pelo blog da Coluna do Estadão. Ligado a Kassab, Fortner enviou mensagem a colegas dos Correios avisando que a “transição já começou” e informando das mudanças pelas quais passará a empresa. A Coluna do Estadão teve acesso ao texto. Segundo Fortner, toda a parte comercial e de agências também ficará sob a tutela de sua diretoria. “Haverá mudança do estatuto, simplificando a estrutura”, escreveu. Ele justifica que seu sucessor, general Juarez, “tem acesso direto à nova cúpula da Presidência” e que “não haverá ingerência política como hoje” nos Correios. Segundo Fortner registrou aos colegas, as mudanças passarão ainda por três pontos: “enxugamento da empresa para torná-la mais competitiva, menos VPs (vice-presidências); não haverá ingerência política como hoje; haverá valorização da meritocracia”.

Doria anuncia Kassab

O governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) confirmou que seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), vai ocupar a Secretaria de Governo a partir de 1º de janeiro. Doria também anunciará nesta segunda que o atual ministro das Comunicações do governo Michel Temer, Gilberto Kassab, será o secretário da Casa Civil de sua administração. O ex-chefe de gabinete de Doria na Prefeitura, Wilson Pedroso, deve assumir a mesma função no governo estadual e cuidar das articulações políticas ao lado de Garcia e Kassab. Wilson Pedroso e Rodrigo Garcia são os responsáveis por coordenar a transição de governo. Ao longo da semana, o ex-prefeito de São Paulo pode anunciar outros nomes de seu governo no estado. O tucano também avalia levar para o Palácio dos Bandeirantes antigos aliados que estiveram com ele na Prefeitura, como Júlio Serson, que foi secretário de relações internacionais. Outro nome cotado é o de Fabio Santos para a subsecretaria de Comunicação.

Desarmamento adiado

O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC) afirmou, nesta segunda-feira (05), que, após ter recebido uma ligação do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), a votação de projeto de sua autoria que revoga o Estatuto do Desarmamento será adiada para 2019. Após a eleição de Bolsonaro, alguns deputados passaram a defender publicamente a votação da proposta – tema caro ao presidente eleito – ainda neste ano. “Acabo de receber ligação do presidente Jair Bolsonaro. Ele concordou em deixarmos para o ano que vem a votação do projeto de minha autoria que revoga o Estatuto do Desarmamento”, disse em seu Facebook. “Se forçássemos a barra para votar esse ano, haveria risco de a proposta ser rejeitada. E um trabalho de seis anos iria pelo ralo. A composição do novo Congresso é mais conservadora. Com os novos deputados, as chances de aprovarmos o PL 3722 são bem maiores”, disse.

Egito adia visita

Depois das reiteradas declarações de Bolsonaro de que iria transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o governo do Egito adiou ontem sem previsão de nova data uma visita do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, que estava marcada para os dias 8 a 11 deste mês. No entanto, fontes do Itamaraty admitem que o cancelamento – em cima da hora e sem sugestão de uma nova data, o que não é o protocolo nas relações diplomáticas – é um sinal do desagrado do país árabe com as posições do novo presidente brasileiro, que diz não reconhecer a Palestina como nação. Os países árabes são o quinto destino de exportações brasileiras, especialmente de carne, frango e açúcar.

Lucro do BTG cai

O BTG Pactual teve queda no lucro recorrente do terceiro trimestre, refletindo principalmente a forte queda nas receitas do negócio de sales & trading (corretagem). O maior banco de investimentos independente da América Latina anunciou nesta segunda-feira que seu lucro excluindo itens extraordinários foi de 685 milhões de reais no período, uma queda de 9,75 por cento ante mesmo período de 2017. Na base sequencial, o resultado foi de estabilidade. A receita total do grupo caiu 24 por cento ano a ano, para 1,255 bilhão de reais, atingida sobretudo pela fraca performance de corretagem, a mais importante do conglomerado, com faturamento 77 por cento menor, baixa atribuída ao “baixo apetite à riscos devido à condições de mercado desafiadoras e baixo volume nos mercados emergentes, especialmente no Brasil”.

Lucro do Magazine sobe

A varejista Magazine Luiza elevou em 29,3 por cento o lucro líquido do terceiro trimestre na comparação com igual período do ano passado, com forte desempenho de vendas, sobretudo no comércio eletrônico, e diluição de despesas, de acordo com balanço divulgado na noite desta segunda-feira, 5. A receita líquida trimestral da Magazine Luiza aumentou 28,5 por cento sobre um ano antes, para 3,67 bilhões de reais, elevando para 10,98 bilhões de reais o faturamento acumulado de janeiro a setembro. Já as despesas operacionais subiram 25,7 por cento ante o terceiro trimestre do ano passado, para 821,1 milhões de reais, enquanto a despesa financeira líquida ajustada encolheu 16,7 por cento, para 69,9 milhões de reais, em meio aos juros mais baixos.

Estimativa em queda, de novo

A estimativa de instituições financeiras para a inflação neste ano caiu pela segunda vez seguida, segundo a pesquisa do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira (5). De acordo com a pesquisa, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,40%. Na semana passada, a projeção estava em 4,43%. Para 2019, a projeção da inflação permanece em 4,22%. Também não houve alteração na estimativa para 2020: 4%. Para 2021, passou de 3,95% para 3,97%. A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5% este ano. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos: 2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente.


Condena, mas não rompe

O presidente-executivo da corporação multinacional SoftBank Group, Masayoshi Son, condenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no consulado saudita em Istambul, e disse que sua empresa deve cumprir sua responsabilidade com os cidadãos do reino, que investem no seu Vision Fund. Apesar das críticas internacionais, Son afirmou que não romperá a relação com o governo saudita. A Arábia Saudita é a maior investidora do fundo que foi lançado no ano passado com mais de 90 bilhões de dólares em capital, dando a Son poder para fazer grandes apostas em startups de última geração, como a WeWork e a OYO Hotels. “Esses fundos são importantes para o povo saudita, garantindo que sua economia se diversifique e não seja mais dependente do petróleo”, disse Son. “É verdade que um incidente horrível aconteceu. Por outro lado, temos uma responsabilidade para com o povo saudita, e devemos cumprir nossa responsabilidade em vez de dar as costas para eles”.

Sanções e ameaças

O governo dos Estados Unidos retomou as sanções contra os setores de petróleo e financeiro do Irã, nesta segunda-feira (05). As sanções reimpostas devem afetar diretamente as empresas asiáticas ou europeias que continuam a importar petróleo de Teerã ou mantêm relações comerciais com bancos iranianos. A retomada das sanções faz parte de esforços maiores de Trump para forçar o Irã a cortar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio a forças no Iêmen, Síria, Líbano e outras partes do Oriente Médio. Os Estados Unidos, no entanto, garantiram isenções temporárias a oito países para continuar importando petróleo bruto da República Islâmica, incluindo a Turquia e, possivelmente, a China e a Índia. O presidente iraniano Hassan Rohani afirmou que seu país pretende violar as sanções. “Os Estados Unidos queriam cortar a zero as vendas de petróleo do Irã, mas nós continuaremos a vender o nosso petróleo”, afirmou, nesta também nesta segunda. O governo americano impôs mais de 900 sanções nos dois anos de governo do presidente Donald Trump, o que representa “o nível mais alto de pressão econômica” já impostas sobre Teerã, segundo o Tesouro americano.

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