Protesto contra o governo em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2015 às 16h47.
A manifestação em São Paulo se estende por toda a Avenida Paulista, com maior concentração na região do Museu de Arte (Masp).
Segurada por centenas de pessoas, uma grande bandeira com as cores do Brasil foi estendida pela avenida. A maior parte dos manifestantes veste camisa nas cores verde e amarelo ou usa a bandeira do Brasil nas costas.
Há também muitas faixas que demonstram apoio ao juiz Sérgio Moro (da Operação Lava Jato). Mais cedo, próximo ao Masp, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.
Embora todos os manifestantes peçam a saída da presidenta, a forma como isso poderia ocorrer dividiu os movimentos. Um deles, por exemplo, é o da União Nacionalista Democrática. Com carro de som posicionado em frente ao prédio da TV Gazeta, eles pedem intervenção militar.
O ato teve início com os manifestantes se ajoelhando sob a imensa bandeira com as cores do país colocada no chão. Um padre puxou a oração do Pai Nosso e o grupo rezou. Depois disso, diversos hinos foram tocados, entre eles, o da Independência do Brasil.
Líder do movimento, Antonio Ribas Paiva disse que não defende os militares no poder, como ocorreu no país em 1964, mas um período de transição. “Os militares [depois do golpe de Estado de 1964] deveriam ter devolvido o poder que a sociedade lhes outorgou mais aprimorado, com o mecanismo de defesa de interesse público. Mas não foi isso o que ocorreu. Hoje, toda classe política está comprometida”, disse Paiva.
Já o movimento Vem pra Rua defende o impeachment da presidenta. O porta-voz, Rogerio Chequer, disse que existe um relatório no Ministério Público de Contas, do Tribunal de Contas da União, que “caracteriza ações que configuram crime de responsabilidade”. Para ele, esse seria o meio para viabilizar legalmente o impeachment.
Sobre denúncias de corrupção contra outras figuras políticas, o Vem pra Rua "exige investigação de todos que têm indício de participação nos esquemas de corrupção”.
“Os presidentes da Câmara e do Senado já estão mencionados em atos que exigem investigação”, disse o porta-voz.
Segundo Chequer, que é empresário, “o país não aguenta mais aumento de impostos. As empresas estão sufocadas”.