Brasil

Lista com políticos citados na Lava Jato sai esta semana

A preocupação maior no meio político é com a possibilidade de o procurador apresentar denúncias contra parlamentares ao STF


	Rodrido Janot: a lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobrás na Câmara
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Rodrido Janot: a lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobrás na Câmara (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 09h01.

Brasília - A semana começa com a expectativa de quais políticos terão o nome cravado na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como citados no esquema de corrupção da Petrobras.

A preocupação maior no meio político é com a possibilidade de Janot apresentar denúncias contra parlamentares ao Supremo Tribunal Federal - o que significaria haver indícios fortes da participação do acusado nos desvios de verba.

Apreensivos, alguns políticos já tentam reduzir o impacto da medida com o argumento de que, se houver apenas pedidos de inquérito - quando há necessidade de mais investigação -, o reflexo pode ser a desidratação do escândalo de corrupção na Petrobras e diminuição da força do trabalho que está sendo desenvolvido pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato.

Dezenas de nomes de parlamentares apareceram nos depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, entre eles os dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que negam as acusações.

Conforme revelou o Estado em dezembro passado, só na lista do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa são ao menos 28 políticos mencionados.

A lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobras na Câmara. A bancada do PSOL pretende solicitar ao Supremo que os citados na lista não integrem a comissão.

Existem 42 procedimentos no Supremo relativos aos fatos apurados em duas delações da Lava Jato. O número não coincide necessariamente com a quantidade de políticos citados.

Além da lista de Janot, que deve ser apresentada até quarta-feira, os acordos de delação premiada firmados por dois executivos da Camargo Corrêa - Dalton Avancini e Eduardo Leite - são outro motivo de apreensão no meio político.

Eles são os dois primeiros executivos de uma empreiteira de grande porte que aceitaram colaborar com as investigações.

O temor é de que essas delações estimulem outros empreiteiros a também contar o que sabem, o que poderá ampliar o leque de atingidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoMinistério PúblicoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

A importância de se discutir as questões climáticas nos livros didáticos

Bolsonaro planejou e dirigiu plano de golpe de Estado, afirma PF

Relatório do golpe de Estado: veja íntegra do inquérito que indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas

Nova Raposo terá mais de 40 quilômetros de marginais no trecho entre SP e Cotia