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Líder diz que PSDB não se intimida com Cardozo

Carlos Sampaio afirmou que o partido não se intimidará com "ameaças" feitas pelo ministro da Justiça


	Carlos Sampaio: "continuaremos a cobrar que o ministro não tem condições de exercer o cargo porque ele fez parte dessa armação", afirmou
 (Valter Campanato/ABr)

Carlos Sampaio: "continuaremos a cobrar que o ministro não tem condições de exercer o cargo porque ele fez parte dessa armação", afirmou (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 20h04.

Campinas (SP) - O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou nesta sexta-feira, 29, que o partido não se intimidará com o que chamou de "ameaças" feitas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Depois de reunião com a presidente Dilma Rousseff, Cardozo reagiu às críticas dos tucanos, que acusam o governo de direcionar a investigação do cartel de trens em São Paulo para tentar desviar o foco das prisões do mensalão.

"Não vamos nos intimidar. Continuaremos a cobrar que o ministro não tem condições de exercer o cargo porque ele fez parte dessa armação", afirmou Sampaio. O partido reagiu ao vazamento de documento com denúncias ao PSDB nas investigações cobrando a demissão do ministro.

"Ele não tem como se defender, por isso, partiu para uma outra linha, atacar. Aí, transparece o desespero." Nesta sexta-feira, 29, o ministro da Justiça atribuiu ao PSDB a tentativa de "criar uma cortina de fumaça" para desviar o foco da apuração para uma polêmica eleitoral. "No dia em que o ministro da Justiça aceita ser chamado de vigarista, membro de quadrilha e não reagir, ele não defende seu cargo. Os que representarem contra mim vão ter de provar ou serão processados por calúnia."

O líder do PSDB diz que não há o que temer. "Vai me processar por que? Porque fui à Procuradoria-Geral da República (PGR), que ele sabe que é meu dever, pedir um inquérito por eventual prática de prevaricação?", questiona Sampaio. De Campinas (SP), onde mora, o deputado voltou a atacar o PT, que segundo ele, tem know-how em criar dossiês durante períodos eleitorais. "Em 98, foram as Ilhas Cayman, em 2005 a lista de Furnas e depois em 2006 os aloprados. Não é o PSDB que tem que se explicar, são eles."

O PSDB usa um documento de 2008 que está com a Polícia Federal (PF), escrito por um ex-diretor da Siemens, relatando cartel em São Paulo. Os tucanos comparam a carta com outro documento que o ministro recebeu do deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT) e entregou a PF para apontar suposta fraude.

O texto, de abril deste ano, cita "um forte esquema de corrupção" nos governos tucanos em São Paulo, caixa 2 do PSDB e do DEM e propina a políticos. O PSDB apontou diferenças na versão original, em inglês, da versão em português e acusou o PT de manipular as denúncias, incluindo o nome do partido na versão traduzida. "O próprio ministro se colocou nessa situação. Ele tem dificuldade em se explicar", afirmou Sampaio.

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