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Lava Jato não tem data para terminar, diz procurador

"As investigações são muito dinâmicas. Quando elas se expandem, não dá para colocar um marco", disse o procurador da República Deltan Dallagnol

Deltan Dallagnol: "o grande esquema da Petrobras não é isolado. Não há razão para só existir na Petrobras", disse (Ueslei Marcelino/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2016 às 13h54.

Oxford - A operação Lava Jato é "imprevisível" e, por isso, não é possível estabelecer um prazo para o fim das investigações. O recado foi dado pelo procurador da República Deltan Dallagnol em um evento na Universidade de Oxford.

"É difícil prever o fim, mas poderia dizer que, com certeza, não existe um marco próximo para acabar", disse após palestra no evento Brazil Forum 2016. A declaração vai na contramão de recente discurso do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que defendeu que a operação tenha hora de parar.

Coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol não citou o nome do ministro do governo Michel Temer, mas disse que a investigação é dinâmica e delações têm acontecido frequentemente, o que pode expandir o campo de trabalho dos procuradores.

"As investigações são muito dinâmicas. Quando elas se expandem, não dá para colocar um marco. É uma investigação em andamento e as investigações são muito dinâmicas. Imprevisíveis", disse a jornalistas após palestra no evento organizado por alunos brasileiros da Universidade de Oxford e da London School of Economics.

O recado do procurador acontece dias após o ministro da Casa Civil cobrar o fim das investigações. Em evento em São Paulo durante a semana, Eliseu Padilha disse "ter certeza que as autoridades da Lava Jato saberão o momento de pensar em concluir".

Em Oxford, o procurador explicou que, quando os acordos de colaboração trazem novos elementos, a investigação avança.

E como não é possível prever o rumo das investigações ou o conteúdo de eventuais novas delações, também não é possível prever o fim das investigações. "Sempre que você encontra uma nova ligação, você pode expandir a investigação para novas frentes", disse.

Uma dessas frentes é a Caixa Econômica Federal. O banco estatal já está no radar dos procuradores desde a delação de André Vargas, mas nesta semana o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, homologou a delação do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Cleto.

Durante a palestra, Dallagnol citou que a investigação no banco federal está "em plena expansão". "O grande esquema da Petrobras não é isolado. Não há razão para só existir na Petrobras", disse.

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Oxford - A operação Lava Jato é "imprevisível" e, por isso, não é possível estabelecer um prazo para o fim das investigações. O recado foi dado pelo procurador da República Deltan Dallagnol em um evento na Universidade de Oxford.

"É difícil prever o fim, mas poderia dizer que, com certeza, não existe um marco próximo para acabar", disse após palestra no evento Brazil Forum 2016. A declaração vai na contramão de recente discurso do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que defendeu que a operação tenha hora de parar.

Coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol não citou o nome do ministro do governo Michel Temer, mas disse que a investigação é dinâmica e delações têm acontecido frequentemente, o que pode expandir o campo de trabalho dos procuradores.

"As investigações são muito dinâmicas. Quando elas se expandem, não dá para colocar um marco. É uma investigação em andamento e as investigações são muito dinâmicas. Imprevisíveis", disse a jornalistas após palestra no evento organizado por alunos brasileiros da Universidade de Oxford e da London School of Economics.

O recado do procurador acontece dias após o ministro da Casa Civil cobrar o fim das investigações. Em evento em São Paulo durante a semana, Eliseu Padilha disse "ter certeza que as autoridades da Lava Jato saberão o momento de pensar em concluir".

Em Oxford, o procurador explicou que, quando os acordos de colaboração trazem novos elementos, a investigação avança.

E como não é possível prever o rumo das investigações ou o conteúdo de eventuais novas delações, também não é possível prever o fim das investigações. "Sempre que você encontra uma nova ligação, você pode expandir a investigação para novas frentes", disse.

Uma dessas frentes é a Caixa Econômica Federal. O banco estatal já está no radar dos procuradores desde a delação de André Vargas, mas nesta semana o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, homologou a delação do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Cleto.

Durante a palestra, Dallagnol citou que a investigação no banco federal está "em plena expansão". "O grande esquema da Petrobras não é isolado. Não há razão para só existir na Petrobras", disse.

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