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Lava Jato garantiu que eleitor possa votar sabendo a verdade, diz Marina

"Agora as pessoas sabem da verdade, a verdade que foi revelada pela Lava Jato", disse a candidata da Rede à Presidência

Marina Silva: ex-ministra defendeu que não tem preconceito com legados de outros partidos, como PT e PSDB (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 14h37.

Brasília - A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva , disse nesta segunda-feira que a Lava Jato garantiu que a população possa votar este ano sabendo a verdade e que há envolvidos na operação na "linha de frente da eleição".

"Agora as pessoas sabem da verdade, a verdade que foi revelada pela Lava Jato. A grande dificuldade que nós temos pela frente é o que fazer com essa verdade", disse a candidata a jornalistas após participar de evento em São Paulo.

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"Os que criaram problemas já estão todos perfilados para continuar no poder. E os que criaram o problema não têm como resolver o problema, eles só vão agravar o problema", disse Marina, sugerindo que talvez alguns partidos tenham de tirar um período sabático para avaliações, citando o MDB, PT e PSDB.

"É muito estranho dizer que vai ter tolerância zero com a corrupção e ter todos os que estão envolvidos na Lava Jato já na linha de frente da eleição", afirmou a candidata, sem citar nomes.

Durante o evento, a ex-ministra defendeu que não tem preconceito com legados de outros partidos, como PT e PSDB e que não irá "inventar a roda", mas que é preciso traçar outro caminho, uma vez que o atual levará a um "poço sem fundo".

PSDB

Questionada sobre a possibilidade de aceitar o apoio do PSDB num eventual segundo turno, Marina não negou, mas disse que discutirá o "segundo turno no segundo turno".

"Eu sempre digo que vou governar com pessoas de bem, de todos os partidos, desde 2010, e pessoas de bem da sociedade. A diferença é que não serão apenas os partidos. A academia, os movimentos sociais, os empresários de bem terão espaço dentro do governo", afirmou.

Marina voltou a comentar afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse em entrevista ao jornal O Globo que falta "um pouco de malignidade" à candidata.

Para ela, talvez seja o excesso de malignidade que tenha levado o Brasil a essa situação de malignidade. "É preciso a gente botar uma forcinha da virtude."

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