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Ex-ministros pró-impeachment são hipócritas, diz Kátia Abreu

Ministra da Agricultura e amiga de Dilma, Katia Abreu alfinetou colegas pelo Twitter


	A ministra Kátia Abreu: "Estão jogando o seu inimigo na oposição para lhes morder em 2018. Quem viver verá."
 (Alessandro Dantas/ PT no Senado)

A ministra Kátia Abreu: "Estão jogando o seu inimigo na oposição para lhes morder em 2018. Quem viver verá." (Alessandro Dantas/ PT no Senado)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 07h47.

São Paulo - Enquanto os senadores discursavam no plenário do Senado Federal, antes da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, a senadora e ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), utilizou sua página na rede de microblogs Twitter, na madrugada desta quinta-feira, 12, para defender a presidente, de quem é amiga pessoal, e criticar os ex-ministros da gestão petista que agora defendem o seu afastamento.

Nos ataques, Kátia classificou de "hipócritas" aqueles que ocuparam cargos no executivo federal e mudaram de lado.

"Oportunismo é abominável. Amigos ontem e inimigos hoje", destacou. E na defesa de Dilma, reiterou: "Esta mulher não é desonesta e não cometeu crime de responsabilidade. Falta de popularidade se cura nas urnas."

"Ter lado e defender sua tese é louvável e até admirável. Mudanças oportunistas de quem usufruiu anos e agora acusar é fácil e pusilânime", disse a ministra em outro post. Na sua avaliação, toda essa situação será um péssimo exemplo para os jovens do País.

Sem citar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para ocupar a pasta da Fazenda na gestão de Michel Temer, ela ironizou: "Quem deu birra pra indicar presidente de banco?" Além de ter comandado o BC, Meirelles foi presidente mundial do Bank Boston.

Ainda no Twitter, Kátia Abreu disse que se a intenção é melhorar a política, não se pode aceitar o oportunismo, pois coerência é fundamental.

E advertiu: "Estão jogando o seu inimigo na oposição para lhes morder em 2018. Quem viver verá." Segundo a ministra, de cada dez brasileiros, sete querem novas eleições.

E voltou às críticas, dizendo que "popularidade vai e vem, mas caráter e dignidade se forem não voltam nunca mais", argumentando que não viu os detratores e ex-apoiadores de Dilma reconhecerem que participaram dos erros, só dos acertos de seu governo. "Assim é muito fácil", alfinetou.

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