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Kassab diz que seguirá apoiando a 3ª fase do Minha Casa

O novo ministro das Cidades também disse estar comprometido com as obras de mobilidade


	Gilberto Kassab: o ministro afirmou ainda que eventuais cortes em sua pasta serão definidos pela presidente
 (José Cruz/ABr)

Gilberto Kassab: o ministro afirmou ainda que eventuais cortes em sua pasta serão definidos pela presidente (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 12h34.

Brasília - Em seu primeiro discurso como novo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou que a presidente Dilma Rousseff terá o apoio do PSD em seu segundo mandato e, no ministério, dará suporte à terceira fase do Minha Casa Minha Vida e lutará para concretizar a carteira de R$ 143 bilhões para obras de mobilidade urbana do País.

"Ela (Dilma) lutou, enfrentou obstáculos, perseverou, aprendeu e reassume com legitimidade dos votos da maioria dos brasileiros", disse Kassab, que é presidente licenciado do partido criado em 2011, na cerimônia de transmissão de cargo.

"A presidente sabe que terá o nosso apoio, o apoio do PSD nessa luta que é de todos que querem um País melhor. Cidades mais respeitosas, que valorizem e fortaleçam a democracia", acrescentou.

Ex-prefeito de São Paulo, Kassab ponderou que apoiar é "divergir construtivamente". "Mas é apoiar, sem tergiversar, mais avanços nas políticas sociais que tiraram 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza", disse, repetindo número usado durante a campanha de Dilma à reeleição.

"Que vão, como anunciou a presidente, lutar por mais 12 milhões de vagas do Pronatec para que nossos jovens e trabalhadores possam conquistar melhores empregos. Nas cidades e no campo".

Ele já realiza uma primeira viagem nesta quarta-feira, 7, a São Paulo para se encontrar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com o prefeito Fernando Haddad (PT) e elencar as prioridades da pasta no Estado e na capital.

Segundo o ministro, os investimentos nas cidades significarão empregos, salário e renda para os trabalhadores em um cenário de "rearranjos na economia e contenção de despesas".

A solenidade foi acompanhada por ministros e pelos governadores de oposição Rodrigo Rollemberg (PSB) e Marconi Perillo (PSDB).

Em seu pronunciamento, Kassab afirmou ainda que tem consciência do "gigantesco e complexo" trabalho que terá pela frente e disse que vai atuar em parceria com Estados e municípios, além dos poderes Legislativo e Judiciário, "para ampliar e fortalecer diretrizes que levem cada vez mais conforto e dignidade aos quase 85% dos brasileiros que hoje vivem nas cidades".

Criticado pela militância e por setores mais à esquerda do PT, Kassab destacou a importância dos movimentos sociais do Conselho das Cidades (ConCidades) nas atividades do ministério.

De acordo com o novo ministro, o ConCidades vai continuar a propor encontros para "estudar e propor" diretrizes para a gestão da Polícia Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU).

"Como administrador municipal, como presidente de partido, convivo, conheço, tive contato com conselhos. O ConCidades tem história. Criado em 2004, aprovou, na 5ª Conferência Nacional de Cidades, o Plano Nacional de Saneamento Básico, que estabelece políticas, ações e metas nessa área para os próximos 20 anos", acrescentou.

Cortes

Kassab afirmou ainda que eventuais cortes em sua pasta serão definidos pela presidente Dilma Rousseff e que pretende trabalhar com os recursos disponíveis.

Questionado se o ajuste fiscal que será aplicado pela nova equipe econômica afetará os investimentos sob alçada do Ministério, como o Minha Casa e ações de mobilidade urbana, Kassab respondeu: "Quem define cortes é a presidente Dilma. Mas, por mais que possamos ter cortes, existem prioridades definidas. Vamos fazer nossa parte."

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