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Justiça nega pedido para suspender depoimento de Lula na Zelotes

Ex-presidente e seu filho Luís Cláudio Lula da Silva são réus em processo que avalia irregularidades na compra de caças suecos pelo governo brasileiro

Lula: depoimentos do ex-presidente e de seu filho Luis Cláudio estão previstos para o dia 21 de junho (Andressa Anholete/AFP)
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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2018 às 18h51.

Brasília - A Justiça Federal de Brasília negou pedido das defesas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de um dos filhos dele, Luís Cláudio Lula da Silva, para suspender o depoimento de ambos previsto para o dia 21 de junho, às 9 horas, no âmbito da operação Zelotes .

Lula, o filho e outros acusados são réus em processo por suspeita de irregularidades na compra do governo brasileiro dos caças suecos, sob investigação da operação Zelotes. O ex-presidente está preso desde 7 de abril, cumprindo pena no processo a que foi condenado no caso do tríplex do Guarujá (SP).

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Na decisão, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, afirmou que não há motivos para se suspender o depoimento. O magistrado citou o fato de que a data dos interrogatórios é distante 7 meses do envio da última carta rogatória - pedido para ouvir testemunhas fora do país.

"Nenhuma das autoridades para as quais foram endereçadas as cartas rogatórias (Suécia, França e Reino Unido) submeteu a este Juízo pedido de prorrogação do prazo fixado. Constando dos autos, tão somente, pedidos pontuais de informações/esclarecimentos das autoridades da Suécia e da França já satisfatoriamente respondidos/esclarecidos", disse.

Vallisney rejeitou o pedido de suspensão, mas permitiu a eles realizar o depoimento "por meio de videoconferência, desde que a parte interessada requeira a este Juízo no prazo mínimo de 10 (dez) dias da data indicada, sob pena de indeferimento".

O depoimento do petista na Zelotes estava inicialmente previsto para o dia 20 de fevereiro, mas, ao acatar recurso dos advogados dele, foi suspenso por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região sob o argumento de que Lula só poderia ser ouvido após depoimentos de testemunhas arroladas pela defesa.

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