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Justiça manda soltar ex-diretor do Comitê Rio 2016

A prisão ocorreu no âmbito da Operação Unfair Play, que investiga a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016

Vista do Cristo Redentor com as luzes para celebrar os dois anos para a abertura das Olimpíadas do Rio, no Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images/Getty Images)

Vista do Cristo Redentor com as luzes para celebrar os dois anos para a abertura das Olimpíadas do Rio, no Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 19h20.

Última atualização em 13 de outubro de 2017 às 19h21.

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, revogou hoje (13) a prisão temporária de Leonardo Gryner, ex-diretor-geral de operações do Comitê Rio 2016. Ele havia sido preso na semana passada, juntamente com Carlos Arthur Nuzman, então presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Nuzman renunciou ao cargo nesta quarta-feira (11). Em seu lugar, assumiu Paulo Wandereley.

As prisões ocorreram no âmbito da Operação Unfair Play - Segundo Tempo, um desdobramento da Unfair Play, na qual a Polícia Federal (PF) investiga a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016. Nuzman e Gryner teriam participado de esquema para pagamento de propina a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Inicialmente, Gryner seria solto na segunda-feira (9), mas o mesmo juiz Marcelo Bretas acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e prorrogou por cinco dias a prisão temporária. Na mesma ocasião, a prisão temporária de Nuzman foi convertida em prisão preventiva. Sendo assim, Nuzman só será colocado em liberdade com uma nova decisão judicial. Seus advogados, porém, já protocolaram na Justiça uma solicitação de soltura.

Uma das justificativas que o magistrado havia usado para prorrogar a prisão temporária de Gryner era o fato de que ele poderia exercer influência nas investigações. O receio era de que o ex-diretor de operações do Comitê Rio 2016 atuasse para evitar a entrega de materiais ainda não fornecidos pelo COB.

Entre os materiais, estão informações da caixa de e-mails de Maria Celeste de Lourdes Campos Pedroso, secretária de Nuzman. Segundo a decisão publicada hoje pelo juiz, este conteúdo já se encontra acautelado na Justiça. "Considerando que não mais subsistem os motivos que ensejaram a prorrogação da prisão temporária do investigado, revogo a prisão temporária de Leonardo Gryner", escreveu Bretas no despacho.

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