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Justiça Federal abre ação contra Edemar Cid Ferreira

A mulher do ex-controlador do Banco Santos, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira, e seu filho, Eduardo Costa Cid Ferreira, também foram denunciados


	Edemar Cid Ferreira: os três são acusados de lavagem de dinheiro 
 (Otávio Dias)

Edemar Cid Ferreira: os três são acusados de lavagem de dinheiro  (Otávio Dias)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 14h55.

São Paulo - A Justiça Federal recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal em São Paulo contra o ex-controlador do Banco Santos S.A., Edemar Cid Ferreira, sua mulher, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira, e seu filho, Eduardo Costa Cid Ferreira.

Os três são acusados de lavagem de dinheiro por terem supostamente ocultado, entre novembro de 2004 e dezembro de 2008, a origem, localização e propriedade de bens e valores que seriam provenientes da prática de crimes contra o sistema financeiro.

Entre os bens ocultados, segundo a denúncia da Procuradoria da República, estavam obras de arte, como pinturas e esculturas, adquiridas por Edemar com capital desviado do Banco Santos, que teve falência decretada em setembro de 2005.

Posteriormente, as obras teriam sido integralizadas ao patrimônio da Cid Ferreira Collection, Empreendimento S.A., que tinha por sócio majoritário a Wailea Corporation, offshore com domicílio fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas.

Apresentada em 23 de abril e recebida pela Justiça no dia 19 de maio, a denúncia é de autoria do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira.

Em 2005, segundo o procurador, foram apreendidos na então residência do ex-banqueiro, no Morumbi, computadores com documentos e e-mails que indicam a remessa para o exterior de diversas obras de arte.

Edemar já foi condenado em outra ação. Em dezembro de 2006, a Justiça lhe impôs 21 anos de prisão por quadrilha, lavagem e gestão fraudulenta de instituição financeira. Ele recorre em liberdade.

O criminalista Arnaldo Malheiros Filho, que defende Edemar Cid Ferreira, disse que não tem conhecimento dos termos da acusação da Procuradoria da República, por isso não poderia se manifestar. Ao ler a nota divulgada pelo Ministério Público Federal sobre a denúncia, Arnaldo Malheiros Filho foi taxativo.

"O texto deixa entrever que é mais do mesmo, ou seja acusações já feitas e julgadas são agora reescritas, incluindo nelas gente sem relação alguma com os fatos, só para fazer marola à custa da vida alheia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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