Justiça envia mais 70 homens da Força Nacional para RN
O governo estadual pediu reforço ao governo federal em razão da greve de policiais e bombeiros militares do Estado
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 17h54.
Brasília - O Ministério da Justiça atendeu pedido do governo do Rio Grande do Norte e autorizou nesta quinta-feira, 21, o envio de mais 70 profissionais da Força Nacional para atuar no Estado.
O governo estadual pediu reforço ao governo federal em razão da greve de policiais e bombeiros militares do Estado, que paralisaram as atividades desde terça-feira, 19, em protesto em razão de atraso no pagamento de salários.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, após 23 meses sem pagamento regular do salário, policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte decidiram paralisar as atividades.
Sem patrulhamento e policiamento, saques e roubos de lojas aumentaram e comerciantes e consumidores relatam pânico. Somente entre terça-feira, 19, e quarta, 20, pelo menos 18 veículos foram roubados na Grande Natal. A media diária na região é de 7 registros por madrugada.
A população relata roubos à mão armada e saques a lojas supermercadistas, de eletrodoméstico e de autopeças. Também houve três tentativas de explosão a bancos para roubo - movimento considerado atípico. Apesar do temor de novos saques, o comércio voltou a funcionar nesta quinta-feira, 21, às vésperas do Natal, ainda que em horário reduzido.
"O governo federal tem um compromisso inadiável de auxiliar os entes federados quando se faz necessário, por isso atendemos a uma solicitação do governo do Rio Grande do Norte e determinamos um reforço imediato na operação que a Força Nacional desenvolve no Estado desde fevereiro", afirmou o ministro da Justiça, Torquato Jardim, em nota enviada pela Pasta.
O Ministério informou que a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com as equipes tem decolagem prevista para o início da noite desta quinta-feira na base aérea de Brasília (DF), com destino à de Parnamirim (RN).
De acordo com a Pasta, os 70 profissionais deverão se somar aos "cerca" de 120 homens e mulheres que já atuam no Rio Grande do Norte em apoio aos órgãos policiais e de perícia potiguares.