Dep. Wladimir Costa (SD/PA): Costa chamou a atenção por fazer discurso contra a corrupção e declarar seu voto favorável ao impeachment. Na ocasião, lançou confetes no plenário (Nilson Bastian/Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2016 às 18h26.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará determinou hoje (8), por decisão unânime, a cassação do mandato do deputado federal Wladimir Costa (SD-PA).
O deputado foi condenado por uso de caixa 2 e por ter omitido o gasto de R$ 410 mil na prestação de contas de sua campanha eleitoral em 2014.
Como a decisão é em primeira instância, Costa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a sentenção se confirme, o deputado ficará inelegível por oito anos.
A relatora da representação foi a Juíza Federal Lucyana Daibes Pereira.
Na sessão de aprovação da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Wladimir Costa chamou a atenção por fazer discurso contra a corrupção e declarar seu voto favorável ao impeachment, Na ocasião, lançou confetes no plenário.
Costa também surpreendeu durante a reunião do Conselho de Ética que aprovou o relatório pela cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Integrantes da tropa de choque de Cunha, ao lado de Tia Eron (PRB-BA), Cunha votou pela cassação do aliado, após haver encaminhado voto contrário e ter feito um discurso a favor do presidente da Câmara.
Em seu seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, Costa também é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), desde 2010, por supostamente abrigar funcionários fantasma em seu gabinete.
No ano passado, Costa foi o parlamentar mais faltoso das sessões plenárias em 2015. De um total de 125 sessões, o deputado faltou 105. O deputado justificou a ausência em 93 sessões com atestados médicos por conta de problemas na coluna vertebral. As demais não foram justificadas.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de Costa informou que o deputado está no interior do Pará e que ainda não foi comunicado sobre a decisão. “mas como é uma decisão de primeira instância, ainda cabe recurso”.