Justiça do PR pede prisão de 14 policiais por tortura
Policiais são acusador de participarem de sessões de tortura de quatro jovens presos no início do mês
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 21h23.
Curitiba - A Justiça da comarca de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba) pediu nesta quarta-feira a prisão de 14 policiais e o afastamento de outras seis pessoas suspeitas de participarem de sessões de tortura de quatro jovens presos no início do mês, acusados de terem estuprado e matado a garota Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em frente a um parque de diversões em Colombo. Entre as pessoas a serem presas está o delegado Silvan Pereira, responsável pela Delegacia de Alto Maracanã, local onde os rapazes foram levados após serem detidos.
Até o início da noite de quarta-feira, um policial militar e um integrante da Guarda Municipal já se apresentaram e os pedidos de prisões devem ser cumpridos pela Corregedoria - Geral da Polícia, no caso dos policiais civis; e os demais pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo o promotor Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, disse que entre as acusações pesam denúncias de tortura por parte do delegado. Segundo ele, um dos rapazes disse que foi agredido. "São agressões referentes ao próprio delegado, além de não tomar atitude para evitar as outras agressões", disse.
O corregedor Paulo Ernesto Araújo, disse acreditar na apresentação dos policiais. "Eles deverão responder de forma administrativa e criminal pelas acusações". Já o advogado do delegado Pereira, Claudio Dalledone Júnior, disse que seu cliente é inocente. "Não há nada a temer, ele vai dar todas as declarações necessárias".
Os jovens acusados de estupro e assassinato por estrangulamento - Sérgio Amorin da Silva Filho, de 22 anos, Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, Adriano Batista, 23 e Ezequiel Batista, 22 - podem entrar para o Programa Estadual de Proteção e Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (Pró-vita). Desde que foram libertados na noite de terça-feira, 16, da Casa de Custódia, os jovens foram encaminhados pelo Gaeco a um abrigo. Nesta quinta-feira, 18, pode ser definido o novo local onde ficarão.
Caso Tayná
O caso Tayná teve início na noite de 28 de junho, quando a garota foi encontrada morta. No dia seguinte os rapazes foram presos e apresentados pela polícia como réus confessos, mas três dias depois o exame do sêmen encontrado na roupa da garota não coincidia com nenhum dos acusados. Em seguida, foi pedida a liberação dos jovens e veio à tona as acusações de tortura por parte da polícia para que eles confessassem o crime. Entre as acusações está o relato de um dos jovens de que sofreu violência sexual por parte de um preso. No mesmo dia do crime, a população incendiou o parque de diversões e no dia seguinte tentou linchar os jovens.
A Polícia informou que as investigações foram reiniciadas com uma nova equipe, substituta da equipe de Colombo, cuja maior parte dos policiais deve ser presa.
Curitiba - A Justiça da comarca de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba) pediu nesta quarta-feira a prisão de 14 policiais e o afastamento de outras seis pessoas suspeitas de participarem de sessões de tortura de quatro jovens presos no início do mês, acusados de terem estuprado e matado a garota Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em frente a um parque de diversões em Colombo. Entre as pessoas a serem presas está o delegado Silvan Pereira, responsável pela Delegacia de Alto Maracanã, local onde os rapazes foram levados após serem detidos.
Até o início da noite de quarta-feira, um policial militar e um integrante da Guarda Municipal já se apresentaram e os pedidos de prisões devem ser cumpridos pela Corregedoria - Geral da Polícia, no caso dos policiais civis; e os demais pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo o promotor Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, disse que entre as acusações pesam denúncias de tortura por parte do delegado. Segundo ele, um dos rapazes disse que foi agredido. "São agressões referentes ao próprio delegado, além de não tomar atitude para evitar as outras agressões", disse.
O corregedor Paulo Ernesto Araújo, disse acreditar na apresentação dos policiais. "Eles deverão responder de forma administrativa e criminal pelas acusações". Já o advogado do delegado Pereira, Claudio Dalledone Júnior, disse que seu cliente é inocente. "Não há nada a temer, ele vai dar todas as declarações necessárias".
Os jovens acusados de estupro e assassinato por estrangulamento - Sérgio Amorin da Silva Filho, de 22 anos, Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, Adriano Batista, 23 e Ezequiel Batista, 22 - podem entrar para o Programa Estadual de Proteção e Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (Pró-vita). Desde que foram libertados na noite de terça-feira, 16, da Casa de Custódia, os jovens foram encaminhados pelo Gaeco a um abrigo. Nesta quinta-feira, 18, pode ser definido o novo local onde ficarão.
Caso Tayná
O caso Tayná teve início na noite de 28 de junho, quando a garota foi encontrada morta. No dia seguinte os rapazes foram presos e apresentados pela polícia como réus confessos, mas três dias depois o exame do sêmen encontrado na roupa da garota não coincidia com nenhum dos acusados. Em seguida, foi pedida a liberação dos jovens e veio à tona as acusações de tortura por parte da polícia para que eles confessassem o crime. Entre as acusações está o relato de um dos jovens de que sofreu violência sexual por parte de um preso. No mesmo dia do crime, a população incendiou o parque de diversões e no dia seguinte tentou linchar os jovens.
A Polícia informou que as investigações foram reiniciadas com uma nova equipe, substituta da equipe de Colombo, cuja maior parte dos policiais deve ser presa.