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Justiça determina a prisão de parentes de traficantes

Ordem teria sido repassada por parentes e advogados para os líderes da facção criminosa que controla as favelas do Complexo do Alemão

Soldado da Marinha no Rio de Janeiro: violência urbana continua (REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2010 às 14h13.

Rio de Janeiro - O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Alan Turnokski, informou há pouco que a Polícia Civil está realizando desde cedo uma grande operação para desarticular a quadrilha formada por parentes dos traficantes que ordenaram a onda de ataques a ônibus, vans de transporte de passageiros e carros de passeio na região metropolitana do Rio.

A 34ª Vara Criminal da capital expediu sete mandados de busca e apreensão e outros nove de prisão contra parentes de quatro traficantes que teriam ordenado as ações criminosas, mesmo estando em presídios federais de segurança máxima, fora do estado.

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A ordem teria sido repassada por parentes e advogados para os líderes da facção criminosa que controla as favelas do Complexo do Alemão.

Os mandados foram expedidos para os parentes de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco; Alexander Mendes da Silva, o Polegar; e Márcio Batista dos Santos, o Dinho Porquinho.

Já foi presa em casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste, a mulher do traficante Polegar, Viviane Sampaio, de 33 anos. Polegar comanda – mesmo preso – o tráfico de drogas no Morro da Mangueira, na zona norte do Rio.

Turnowski disse que as mulheres dos traficantes, nas visitas íntimas, são orientadas a passar recados, “funcionam como pombo correio, da mesma forma que os advogados”.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, os bens comprados com o dinheiro de drogas, como apartamentos, casas de luxo e carros importados serão confiscados pela Justiça.

Ontem à noite (26) foi presa em casa, no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, a mulher de Marcinho VP, Márcia Nepomuceno, pelo crime de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A prisão foi determinada pelo juiz Alexandre Abrahão Teixeira, da Vara Criminal Regional de Bangu.

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