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Justiça decreta prisão preventiva de 31 manifestantes

Justiça converteu em prisão preventiva as detenções em flagrante de acusados pelas depredações que aconteceram no centro do Rio

Policial prende manifestante durante protesto de apoio a greve dos professores no Rio de Janeiro, nesta terça (Pilar Olivares/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 21h20.

Rio - A 21ª Vara Criminal do Rio converteu na noite desta quinta-feira, 17, em prisão preventiva as detenções em flagrante de 31 dos acusados pelas depredações que aconteceram no centro da capital fluminense nesta terça-feira, 15. A decisão aconteceu após a análise dos registros de flagrante. A Justiça entendeu que há indícios consistentes de envolvimento dos acusados nos fatos relatados pela Polícia Civil.

A juíza Claudia Ribeiro determinou ainda a libertação de dois acusados. Na prisão em flagrante, o acusado pode ser solto em dez dias. A preventiva não estabelece prazos para soltura. Presos durante os protestos , três manifestantes foram libertados nesta quinta-feira. Eles estavam na Cadeia Pública Juíza Patrícia Lourival Acioli, em São Gonçalo (no Grande Rio), desde esta terça-feira. Ainda há 58 homens presos, todos em São Gonçalo, e três mulheres, que estão em Bangu, na zona oeste da capital.

Com a prisão em flagrante, o acusado pode ser solto em dez dias. A preventiva não estabelece prazos para soltura. Até as 18 horas, ganharam a liberdade Gerd Augusto Castelloes Dudenhoeffer, Renato Tomaz de Aquino e Ciro Brito Oiticica. Advogados de Dudenhoeffer, Aquino e Oiticica conseguiram apresentar a documentação e comprovar residência e ocupação, o que levou a Justiça a conceder os alvarás de soltura.

Os presos afirmam não ter sofrido violência física na cadeia. Eles seguiram o trâmite comum do sistema prisional. Ingressaram, despiram-se, vestiram uniforme e tiveram os cabelos cortados rente à cabeça. A cadeia é nova, foi inaugurada em junho. Os manifestantes foram mantidos em alas separadas dos demais presos. As celas têm capacidade para seis detentos cada, com três camas de beliche e banheiro. Há relatos de que, quando chegaram às celas, o chão estava alagado por causa da chuva forte que atinge a região há dois dias.

"As instalações são boas", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que visitou os manifestantes nesta quinta à tarde. Universitário da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos libertados hoje, Oiticica afirmou que ainda "não caiu a ficha" da experiência vivida esta semana.

Ele disse que atua no coletivo de mídia Rio na Rua e apurava informações na escadaria em frente à sede da Câmara Municipal (Cinelândia, centro) quando a área foi cercada pela Polícia Militar (PM). Todos que estavam no local foram presos. Depois de detido, o universitário foi encaminhado para a 25ª Delegacia de Polícia, no Engenho Novo, zona norte do Rio. Segundo o relato de Oiticica, ele e os demais presos desconheciam a razão de terem sido levados à DP. Os acusados só teriam sido comunicados de que iriam para o sistema prisional às 10 horas desta quarta, cerca de 12 horas depois da detenção.

"Acho que a polícia só resolveu nos prender como bodes expiatórios, para mostrar que está fazendo alguma coisa", afirmou Oiticica. O estudante afirmou que a família ficou muito preocupada com a prisão, mas que isso não o impedirá de voltar às manifestações "com ainda mais força".

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Rio - A 21ª Vara Criminal do Rio converteu na noite desta quinta-feira, 17, em prisão preventiva as detenções em flagrante de 31 dos acusados pelas depredações que aconteceram no centro da capital fluminense nesta terça-feira, 15. A decisão aconteceu após a análise dos registros de flagrante. A Justiça entendeu que há indícios consistentes de envolvimento dos acusados nos fatos relatados pela Polícia Civil.

A juíza Claudia Ribeiro determinou ainda a libertação de dois acusados. Na prisão em flagrante, o acusado pode ser solto em dez dias. A preventiva não estabelece prazos para soltura. Presos durante os protestos , três manifestantes foram libertados nesta quinta-feira. Eles estavam na Cadeia Pública Juíza Patrícia Lourival Acioli, em São Gonçalo (no Grande Rio), desde esta terça-feira. Ainda há 58 homens presos, todos em São Gonçalo, e três mulheres, que estão em Bangu, na zona oeste da capital.

Com a prisão em flagrante, o acusado pode ser solto em dez dias. A preventiva não estabelece prazos para soltura. Até as 18 horas, ganharam a liberdade Gerd Augusto Castelloes Dudenhoeffer, Renato Tomaz de Aquino e Ciro Brito Oiticica. Advogados de Dudenhoeffer, Aquino e Oiticica conseguiram apresentar a documentação e comprovar residência e ocupação, o que levou a Justiça a conceder os alvarás de soltura.

Os presos afirmam não ter sofrido violência física na cadeia. Eles seguiram o trâmite comum do sistema prisional. Ingressaram, despiram-se, vestiram uniforme e tiveram os cabelos cortados rente à cabeça. A cadeia é nova, foi inaugurada em junho. Os manifestantes foram mantidos em alas separadas dos demais presos. As celas têm capacidade para seis detentos cada, com três camas de beliche e banheiro. Há relatos de que, quando chegaram às celas, o chão estava alagado por causa da chuva forte que atinge a região há dois dias.

"As instalações são boas", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que visitou os manifestantes nesta quinta à tarde. Universitário da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos libertados hoje, Oiticica afirmou que ainda "não caiu a ficha" da experiência vivida esta semana.

Ele disse que atua no coletivo de mídia Rio na Rua e apurava informações na escadaria em frente à sede da Câmara Municipal (Cinelândia, centro) quando a área foi cercada pela Polícia Militar (PM). Todos que estavam no local foram presos. Depois de detido, o universitário foi encaminhado para a 25ª Delegacia de Polícia, no Engenho Novo, zona norte do Rio. Segundo o relato de Oiticica, ele e os demais presos desconheciam a razão de terem sido levados à DP. Os acusados só teriam sido comunicados de que iriam para o sistema prisional às 10 horas desta quarta, cerca de 12 horas depois da detenção.

"Acho que a polícia só resolveu nos prender como bodes expiatórios, para mostrar que está fazendo alguma coisa", afirmou Oiticica. O estudante afirmou que a família ficou muito preocupada com a prisão, mas que isso não o impedirá de voltar às manifestações "com ainda mais força".

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