Justiça bloqueia bens de presidente do PT de São Paulo
Além disso, os bens de dois ex-secretários do PT também foram bloqueados
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2016 às 16h03.
Osasco - A Justiça bloqueou os bens no limite de R$ 6.620.616,00 do ex- prefeito de Osasco Emídio de Souza, atual presidente do Partido dos Trabalhadores ( PT ), em São Paulo, do ex-secretário de Finanças Estanislau Dobbeck e do ex-secretário de Assuntos Jurídicos Renato Afonso Gonçalves, ambos do mesmo município, informou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
A decisão, que atendeu pedido da Promotoria do Patrimônio Público, também quebrou os sigilos bancário e fiscal dos três.
Segundo o Ministério Público, em 2011, o governo municipal celebrou um convênio de cooperação técnico-financeira para pesquisa na área de finanças públicas no valor de mais de R$ 5 milhões com o Instituto Cidad.
“O objetivo da contratação era, supostamente, a realização de pesquisas para aprimorar a arrecadação tributária da cidade”, disse o MP. Mais oito envolvidos também respondem à ação, além do município de Osasco.
A Promotoria considerou o convênio vago e indeterminado, o que dificultava sua compreensão exata e alcance.
“Investigações do MP revelaram que o Instituto Cidad é uma empresa totalmente inidônea e que repassou a terceiros grande parte dos valores recebidos pelo município de Osasco”.
Para o Ministério Público, a celebração do convênio foi uma forma de burlar a obrigatoriedade da licitação e que, na verdade, não houve “uma conjugação de esforços” no convênio, mas, sim, uma prestação de serviços ao governo municipal.
A dispensa de licitação caracterizou ainda ato de improbidade administrativa, no qual se beneficiou indevidamente o Instituto Cidad e a empresa Cognus, além de seus sócios, de acordo com a promotoria.
Além do desvio das verbas públicas, houve deficiência na prestação de contas pelo instituto, o que gerou prejuízos para a prefeitura.
Com o objetivo de garantir o ressarcimento ao município, o MP pede na ação a decretação de nulidade do convênio e a devolução aos cofres públicos de R$ 2.206.872,00, acrescido de juros e correção monetária, além de perda de função pública, multa civil, proibição de contratar com o poder público, entre outras sanções.
De acordo com o MP-SP, no dia 16 de julho, os bens de Emídio de Souza, no valor de R$ 3.567.874,54, já tinham sido bloquados por ter contratado, sem licitação, a União Educacional Panamericana para a prestação de serviços em atendimento e capacitação em tecnologias da informação e comunicação.
A assessoria de imprensa do diretório do PT, em São Paulo, informou à Agência Brasil que deve se posicionar sobre o caso, mas não houve retorno até a conclusão da reportagem.
O Instituto Cidad não atendeu às ligações. A empresa Cognus mudou de endereço e de telefone, sendo contatada por mensagem eletrônica, ainda não deu retorno.
Osasco - A Justiça bloqueou os bens no limite de R$ 6.620.616,00 do ex- prefeito de Osasco Emídio de Souza, atual presidente do Partido dos Trabalhadores ( PT ), em São Paulo, do ex-secretário de Finanças Estanislau Dobbeck e do ex-secretário de Assuntos Jurídicos Renato Afonso Gonçalves, ambos do mesmo município, informou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
A decisão, que atendeu pedido da Promotoria do Patrimônio Público, também quebrou os sigilos bancário e fiscal dos três.
Segundo o Ministério Público, em 2011, o governo municipal celebrou um convênio de cooperação técnico-financeira para pesquisa na área de finanças públicas no valor de mais de R$ 5 milhões com o Instituto Cidad.
“O objetivo da contratação era, supostamente, a realização de pesquisas para aprimorar a arrecadação tributária da cidade”, disse o MP. Mais oito envolvidos também respondem à ação, além do município de Osasco.
A Promotoria considerou o convênio vago e indeterminado, o que dificultava sua compreensão exata e alcance.
“Investigações do MP revelaram que o Instituto Cidad é uma empresa totalmente inidônea e que repassou a terceiros grande parte dos valores recebidos pelo município de Osasco”.
Para o Ministério Público, a celebração do convênio foi uma forma de burlar a obrigatoriedade da licitação e que, na verdade, não houve “uma conjugação de esforços” no convênio, mas, sim, uma prestação de serviços ao governo municipal.
A dispensa de licitação caracterizou ainda ato de improbidade administrativa, no qual se beneficiou indevidamente o Instituto Cidad e a empresa Cognus, além de seus sócios, de acordo com a promotoria.
Além do desvio das verbas públicas, houve deficiência na prestação de contas pelo instituto, o que gerou prejuízos para a prefeitura.
Com o objetivo de garantir o ressarcimento ao município, o MP pede na ação a decretação de nulidade do convênio e a devolução aos cofres públicos de R$ 2.206.872,00, acrescido de juros e correção monetária, além de perda de função pública, multa civil, proibição de contratar com o poder público, entre outras sanções.
De acordo com o MP-SP, no dia 16 de julho, os bens de Emídio de Souza, no valor de R$ 3.567.874,54, já tinham sido bloquados por ter contratado, sem licitação, a União Educacional Panamericana para a prestação de serviços em atendimento e capacitação em tecnologias da informação e comunicação.
A assessoria de imprensa do diretório do PT, em São Paulo, informou à Agência Brasil que deve se posicionar sobre o caso, mas não houve retorno até a conclusão da reportagem.
O Instituto Cidad não atendeu às ligações. A empresa Cognus mudou de endereço e de telefone, sendo contatada por mensagem eletrônica, ainda não deu retorno.