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Justiça abre ação contra falsa igreja que girou R$ 400 mi

Três empresários foram acusados de integrar organização especializada em crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica

A PF apurou que 687 pessoas, sem nenhuma renda declarada, receberam recursos da "igreja", que funcionou entre 2005 e 2009
DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 08h11.

São Paulo - A Justiça Federal em São Paulo abriu ação penal contra três empresários acusados de integrar organização especializada em crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e falsidade ideológica.

O grupo criou uma igreja fantasma - com registro no papel, mas sem templo e fiéis - pela qual movimentou R$ 400 milhões, segundo a Operação Lava Rápido, deflagrada pela Polícia Federal em 2012.

A decisão, do juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal, acolhe denúncia da Procuradoria da República, apresentada em dezembro.

A acusação, subscrita pela procuradora Karen Kahn, revela que Antonio Honorato Bérgamo, Wagner Renato de Oliveira e Antônio Carlos Balbi constituíram empresas de fachada e atuavam em duas frentes, uma para remessa ilegal de divisas ao exterior "com a finalidade de ocultação e dissimulação de recursos de terceiros", outra para emissão de notas fiscais frias para "fornecer suporte a empresa que sonegavam tributos".

A PF apurou que 687 pessoas, sem nenhuma renda declarada, receberam recursos da "igreja", que funcionou entre 2005 e 2009. No local indicado como endereço da igreja havia uma academia de ginástica.

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O grupo criou uma igreja fantasma - com registro no papel, mas sem templo e fiéis - pela qual movimentou R$ 400 milhões, segundo a Operação Lava Rápido, deflagrada pela Polícia Federal em 2012.

A decisão, do juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal, acolhe denúncia da Procuradoria da República, apresentada em dezembro.

A acusação, subscrita pela procuradora Karen Kahn, revela que Antonio Honorato Bérgamo, Wagner Renato de Oliveira e Antônio Carlos Balbi constituíram empresas de fachada e atuavam em duas frentes, uma para remessa ilegal de divisas ao exterior "com a finalidade de ocultação e dissimulação de recursos de terceiros", outra para emissão de notas fiscais frias para "fornecer suporte a empresa que sonegavam tributos".

A PF apurou que 687 pessoas, sem nenhuma renda declarada, receberam recursos da "igreja", que funcionou entre 2005 e 2009. No local indicado como endereço da igreja havia uma academia de ginástica.

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