Juros em 14,25%; Emergência turca…
Copom: ainda 14,25% Em reunião encerrada no fim da tarde desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25%. Em nota, o Banco Central afirma que, embora indicadores recentes mostrem uma perspectiva de estabilização da atividade econômica, “as evidências sugerem que a economia segue operando com alto […]
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2016 às 06h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.
Copom: ainda 14,25%
Em reunião encerrada no fim da tarde desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25%. Em nota, o Banco Central afirma que, embora indicadores recentes mostrem uma perspectiva de estabilização da atividade econômica, “as evidências sugerem que a economia segue operando com alto nível de ociosidade” e “no âmbito externo, o cenário permanece desafiador”. Na tarde desta quarta, o presidente Michel Temer afirmou que o “BC tem plena autonomia para definir a taxa de juro”. A fala veio depois de o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, dizer que uma queda na taxa agrada ao presidente.
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Limite de gastos
O Tribunal Superior Eleitoral divulgou nesta quarta-feira uma tabela com os limites de gastos durante as campanhas das eleições municipais deste ano. São Paulo é a cidade onde os gastos poderão ser maiores: 45,4 milhões para os candidatos a prefeito e 3,6 milhões para os candidatos a vereador, além de 13,2 milhões num possível segundo turno. Em 3.794 das 5.570 cidades do país, o custo máximo das campanhas deve ser de 108.000 para prefeito e 10.800 para vereador.
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Reforma no trabalho
Às voltas com a reforma previdenciária, o governo também deve enviar até o final do ano uma proposta de reforma trabalhista ao Congresso. A ideia principal é flexibilizar a CLT e dar mais força às convenções coletivas celebradas entre sindicatos e empresas. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que a reforma não vai possibilitar o parcelamento dos valores de férias e do décimo terceiro salário. O governo também pretende tornar permanente o Programa de Proteção ao Emprego e regulamentar a terceirização.
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Desconto no salário
O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que vai descontar do salário dos deputados as faltas em sessões destinadas a votações em agosto e setembro. Os meses tendem a ser de baixo quórum na Câmara devido às eleições municipais, mas o governo precisa que as votações aconteçam, na tentativa de aprovar o mais rápido possível as medidas econômicas prometidas. Para ajudar no comparecimento, Maia deve marcar sessões de segunda a quarta-feira em agosto. Em setembro, com a proximidade das eleições, as sessões devem acontecer somente nas segundas e terças-feiras.
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João Dória e as privatizações
O pré-candidato à prefeitura de São Paulo João Dória continua seu discurso de privatizar todos os serviços públicos possíveis. Nesta quarta-feira, ele disse que, se eleito, vai entregar à iniciativa privada a gestão das faixas exclusivas de ônibus, criadas por Fernando Haddad. Dória diz que, por meio da tecnologia, elas ficariam mais eficientes e que isso não seria oneroso para a população. Ele também afirmou que pretende aumentar a velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê e não descartou criar um pedágio para uso de carro no centro da cidade.
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Mea culpa
A redatora Meredith McIver assumiu a culpa pelo plágio no discurso lido por Melania Trump, esposa do presidenciável republicano Donald Trump, na segunda-feira durante a convenção republicana. Em carta com o brasão das Organizações Trump, McIver assumiu que repetiu “sem más intenções” frases já ditas por Michelle Obama na convenção democrata de 2008. Segundo a redatora — coautora de livros de Donald Trump —, Melania leu os trechos de Michelle para ela ao telefone, pois a atual primeira-dama seria uma pessoa a quem admirava. Em sua conta no Twitter, o magnata afirmou que “toda imprensa é boa imprensa”.
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May: saída só em 2017
As negociações para oficializar os termos da saída do Reino Unido da União Europeia só começarão em 2017, conforme anúncio feito nesta quarta-feira pela primeira-ministra britânica, Theresa May. Em coletiva conjunta após encontro em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel, May afirmou que uma saída organizada levará tempo, mas reiterou que deseja manter “laços econômicos estreitos” com a UE — o mesmo vale para a Alemanha, à qual a premiê se referiu como “um parceiro especial e vital”. Merkel, por sua vez, afirmou que é “compreensível” que o Reino Unido precise de mais tempo, mas exigiu que os britânicos definam prazos para o andamento das negociações.
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Reforma aprovada na França
Foi oficializado nesta quarta-feira o controverso projeto de reforma trabalhista na França — que vem causando protestos no país há cinco meses. Diante da recusa de parte do Legislativo em votar a favor das novas regras, o primeiro-ministro Manuel Valls valeu-se de uma cláusula constitucional que dá ao Executivo o poder de se responsabilizar totalmente por uma lei. Um dos pontos mais polêmicos da reforma é o fato de que os acordos trabalhistas não precisarão mais se subordinar a leis gerais de trabalho, o que, na visão dos contrários à medida, poderá abrir caminho para aumento da jornada e outras condições desfavoráveis aos trabalhadores. Valls afirma que as regras buscam tornar a França mais competitiva.
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Turquia: estado de emergência
Em nova resposta à tentativa de golpe militar na sexta-feira 15, o governo turco proibiu acadêmicos de sair do país e ordenou a imediata volta dos que já se encontram no exterior. Um oficial disse à Al Jazeera que a medida foi ocasionada pelo medo de as universidades se tornem palco de tramas contra o governo, uma vez que “sempre foram cruciais para as juntas militares” na Turquia. O Ministério da Educação turco já revogou a licença de 21.000 professores, pediu a renúncia de reitores e fechou 600 escolas. No fim desta quarta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, decretou estado de emergência por seis meses.
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Um bilhão pela Dollar Shave
A fabricante de bens de consumo Unilever anunciou hoje a compra da Dollar Shave Club, um serviço de entrega de assinatura on-line de lâminas de barbear. A Unilever pagou cerca de1 bilhão de dólares pela empresa californiana. Fundada por Michael Dubin em 2011, a Dollar Shave Club destacou-se por apresentar um modelo de negócios alternativo aos formatos tradicionais de varejo e já possui 3,2 milhões de assinantes mensais. Com a aquisição, a Unilever entra num mercado até então dominado pela rival Procter & Gamble, fabricante das lâminas Gillette.
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AB InBev aprovada
O Departamento de Justiça americano aprovou a compra de 58% das ações da SABMiller pela AB InBev, maior fabricante mundial de cerveja e dona da Ambev. O negócio de 107 bilhões de dólares deve ser concluído no segundo semestre deste ano e combinará duas das maiores fabricantes de cerveja do mundo. A Justiça americana fez algumas exigências, como impedir que a AB InBev forneça incentivos aos distribuidores que venderem seus produtos — a fabricante belga enfrenta questionamentos de autoridades antitruste em todo o mundo.