Sessão plenária do TSE (Antonio Augusto/Secom/TSE/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 29 de junho de 2023 às 08h03.
Última atualização em 29 de junho de 2023 às 09h03.
O julgamento de ação que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível será retomado nesta quinta-feira, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A sessão da última terça se encerrou com o voto do relator do caso na Corte Eleitoral, o ministro Benedito Gonçalves, que se posicionou a favor da inelegibilidade do ex-presidente. O futuro político do ex-titular do Palácio do Planalto será selado após a votação dos outros seis magistrados.
Para esta quinta-feira, estão previstas as votações de seis ministros do TSE. São eles, na respectiva ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes (presidente do TSE). A composição atual inclui cinco ministros indicados por Lula, um pelo ex-presidente Michel Temer e outro pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Raul Araújo foi indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2010. Apesar de ter sido nomeado pelo petista, já proferiu, no passado, decisões mais consonantes com posicionamentos de Bolsonaro, o que levou aliados do ex-presidente a fazerem pressão por um pedido de vista, o que poderia adiar o desfecho do caso no TSE.
Recém-chegado no TSE, o ministro Floriano de Azevedo Marques foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar uma cadeira na Corte. O nome constava em uma lista apresentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no começo do ano e contou com o apoio do ministro Alexandre de Moraes, que preside a Corte Eeitoral.
Também recém-chegado, o ministro André Ramos Tavares foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar uma cadeira no TSE junto de Floriano de Azevedo Marques. Do mesmo modo, o nome constava em uma lista apresentada pelo STF no começo do ano e contou com o apoio de Moraes.
Vice-presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia também foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006, durante o primeiro mandato do petista.
O ministro Kassio Nunes Marques foi o primeiro magistrado indicado por Jair Bolsonaro (PL) ao STF, em 2020. Entre aliados do ex-presidente, também havia a expectativa de que ele interrompesse o julgamento. O ministro chegou a afirmar, no entanto, que eram "pura especulação" as informações que circulavam sobre um iminente pedido de vista de sua parte.
O ministro Alexandre de Moraes foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer ao STF, em 2017. Anteriormente, o jurista foi ministro da Justiça de Temer. Desde o ano passado, ele preside o TSE.