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Juiz prorroga prisões temporárias da Operação Encilhamento

Ação apura crimes contra o sistema financeiro nacional relacionados à emissão de bilhões de debêntures sem lastro

Polícia Federal: juiz titular da 6° Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo João Batista Gonçalves prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias de 10 das 16 pessoas presas na Operação Encilhamento (Vagner Rosário/VEJA)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2018 às 13h30.

São Paulo - A pedido da Polícia Federal (PF), o juiz titular da 6° Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo João Batista Gonçalves prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias de 10 das 16 pessoas presas na Operação Encilhamento.

A ação apura crimes contra o sistema financeiro nacional relacionados à emissão de bilhões de debêntures sem lastro e a colocação desses papéis podres em Fundos de Investimento dos chamados Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS.

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A investigação suspeita que os fundos tem debêntures sem lastro (título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor) que ultrapassam R$ 1,3 bilhão.

Uma das 13 companhias de fachada alvo da operação da PF tinha capital de apenas R$ 500, mas conseguiu autorização para emitir debêntures de R$ 750 milhões de reais. Dentre os presos, estão vários diretores da corretora Gradual, incluindo a presidente, e a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bomfim Poza.

A Operação Encilhamento, segunda fase da Operação Papel Fantasma, identificou 28 Institutos de Previdência Municipais que investiram em fundos que, por sua vez, direta ou indiretamente, adquiriram os papéis sem lastro.

Há o envolvimento de uma empresa de consultoria contratada pelos Institutos de Previdência e elementos que apontam para corrupção de servidores ligados a alguns Institutos de Previdência.

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