Rio de Janeiro - O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário e fiscal de 16 dos 23 executivos detidos na sexta-feira passada pela Operação Lava Jato , que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras .
A medida permite ao juiz, responsável pelo processo em primeira instância, acessar as contas bancárias dos detidos, entre eles um ex-diretor da Petrobras e executivos de algumas das mais importantes empreiteiras do país, como Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, OAS, Iesa, UTC Participacões e Engevix.
A medida afeta o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, acusado de receber subornos dirigidos a partidos políticos em troca da adjudicação de contratos da estatal às construtoras, que eram faturados por um preço muito superior ao inicialmente estipulado.
O Banco Central também terá que localizar e enviar à Justiça os extratos das contas bancárias de destacados executivos, como João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; Ildefonso Colares Filho, diretor-presidente da Queiroz Galvão; Sérgio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior; e Agenor Franklin Magalhães, diretor da OAS.
Alguns dos executivos presos já admitiram em interrogatórios à Polícia Federal que pagaram propinas a funcionários que faziam parte da rede de corrupção na Petrobras.
Além de quebrar o sigilo bancário de 16 executivos, o juiz responsável pelo processo autorizou uma inspeção nas contas bancárias de três empresas: D3TM Consultoria e Participações; Hawk Eyes Administração de Bens; e Technis Planejamento e Gestão em Negócios.
2. Odebrecht 2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
3. UTC Engenharia 3 /10(Divulgação)
A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
4. OAS 4 /10(Divulgação/PAC)
A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
5. Engevix 5 /10(Divulgação/ Engevix)
Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
6. Galvão Engenharia 6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)
Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
7. Queiroz Galvão 7 /10(Divulgação)
A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
8. Camargo Corrêa 8 /10(Divulgação)
Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
9. Mendes Junior 9 /10(Divulgação)
"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
10. Iesa 10 /10(Divulgação IESA)
EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.