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Juiz ordena quebra do sigilo de 16 presos na Lava Jato

A medida permite ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo em primeira instância, acessar as contas bancárias dos detidos

Cadeia: a medida afeta o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque (Shad Gross/stock.XCHNG)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 08h16.

Rio de Janeiro - O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário e fiscal de 16 dos 23 executivos detidos na sexta-feira passada pela Operação Lava Jato , que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras .

A medida permite ao juiz, responsável pelo processo em primeira instância, acessar as contas bancárias dos detidos, entre eles um ex-diretor da Petrobras e executivos de algumas das mais importantes empreiteiras do país, como Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, OAS, Iesa, UTC Participacões e Engevix.

A medida afeta o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, acusado de receber subornos dirigidos a partidos políticos em troca da adjudicação de contratos da estatal às construtoras, que eram faturados por um preço muito superior ao inicialmente estipulado.

O Banco Central também terá que localizar e enviar à Justiça os extratos das contas bancárias de destacados executivos, como João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; Ildefonso Colares Filho, diretor-presidente da Queiroz Galvão; Sérgio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior; e Agenor Franklin Magalhães, diretor da OAS.

Alguns dos executivos presos já admitiram em interrogatórios à Polícia Federal que pagaram propinas a funcionários que faziam parte da rede de corrupção na Petrobras.

Além de quebrar o sigilo bancário de 16 executivos, o juiz responsável pelo processo autorizou uma inspeção nas contas bancárias de três empresas: D3TM Consultoria e Participações; Hawk Eyes Administração de Bens; e Technis Planejamento e Gestão em Negócios.

São Paulo - Nove empreiteiras foram alvo da Polícia Federal nesta sexta-feira. A sétima fase da Operação Lava Jato , que investigadesvio de 10 bilhões de reais da Petrobras , fez busca e apreensão nas empresas. Alguns executivos foram presos, para prestar depoimento sobre possível ligação com o esquema de corrupção . Veja nas fotos quais empresas estão sendo investigadas e o que dizem sobre a operação.
  • 2. Odebrecht

    2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)

  • Veja também

    A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
  • 3. UTC Engenharia

    3 /10(Divulgação)

  • A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
  • 4. OAS

    4 /10(Divulgação/PAC)

    A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
  • 5. Engevix

    5 /10(Divulgação/ Engevix)

    Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
  • 6. Galvão Engenharia

    6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)

    Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
  • 7. Queiroz Galvão

    7 /10(Divulgação)

    A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
  • 8. Camargo Corrêa

    8 /10(Divulgação)

    Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
  • 9. Mendes Junior

    9 /10(Divulgação)

    "O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
  • 10. Iesa

    10 /10(Divulgação IESA)

    EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.
  • Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoJustiçaOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoPrisões

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