Juiz indica "provas relevantes" de compra de voto por Nuzman
Acusado em esquema para escolher o Rio de Janeiro como sede olímpica, Nuzman foi preso pela PF em sua casa em um bairro de luxo do Rio
Reuters
Publicado em 5 de outubro de 2017 às 09h29.
Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 09h32.
Rio de Janeiro - Novas provas apresentadas pelos investigadores indicam participação "bem mais relevante" do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman , no esquema de compra de votos para escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, afirmou o juiz Marcelo Bretas no despacho em que decretou a prisão do dirigente nesta quinta-feira.
Nuzman, que foi preso pela PF em sua casa em um bairro de luxo do Rio nesta manhã, aparentemente atuou "direta e ativamente em negociação espúria" para que membros do Comitê Olímpico Internacional escolhessem a cidade brasileira para sediar a Olimpíada, segundo o magistrado.
Além disso, o dirigente mantinha recursos ocultos no exterior e só os declarou à Receita Federal após deflagração da operação Unfair Play, incluindo 16 barras de ouro de 1 quilo cada depositadas na Suíça, acrescentou o juiz em seu despacho.