Presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, chega a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de outubro de 2017 às 09h29.
Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 09h32.
Rio de Janeiro - Novas provas apresentadas pelos investigadores indicam participação "bem mais relevante" do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, no esquema de compra de votos para escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, afirmou o juiz Marcelo Bretas no despacho em que decretou a prisão do dirigente nesta quinta-feira.
Nuzman, que foi preso pela PF em sua casa em um bairro de luxo do Rio nesta manhã, aparentemente atuou "direta e ativamente em negociação espúria" para que membros do Comitê Olímpico Internacional escolhessem a cidade brasileira para sediar a Olimpíada, segundo o magistrado.
Além disso, o dirigente mantinha recursos ocultos no exterior e só os declarou à Receita Federal após deflagração da operação Unfair Play, incluindo 16 barras de ouro de 1 quilo cada depositadas na Suíça, acrescentou o juiz em seu despacho.