Eduardo Cunha: bens sequestrados após avanço do processo contra ele na Câmara dos Deputados (Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
Talita Abrantes
Publicado em 14 de junho de 2016 às 19h15.
São Paulo - O juiz Augusto Cesar Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Cível da Justiça Federal do Paraná, decretou nesta terça-feira a indisponibilidade dos bens e recursos financeiros do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara dos Deputados.
O pedido foi feito nesta segunda-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) em ação de improbidade administrativa contra o peemedebista. O juiz também determinou a quebra do sigilo fiscal do parlamentar a partir do ano de 2007.
Além de Cunha, a mulher dele, Cláudia Cruz, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada e mais dois investigados também tiveram seus bens e recursos financeiros indisponibilizados.
Na ação acolhida pelo juiz, o Ministério Público Federal cobra R$ 80,67 milhões do peemedebista e mais R$ 17,8 milhões de Cláudia Cruz.
O valor corresponde ao acréscimo patrimonial ilícito de Cunha e Cláudia e ressarcimento do dano causado ao erário na compra de campo de petróleo em Benin, na África, em 2011 - negócio que teria resultado numa propina de US$ 10 milhões, parte dela repassada ao peemedebista.
Hoje, definitivimente, não é um bom dia para o parlamentar.
Depois de oito meses de idas e vindas, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) parecer que pede a cassação do mandato de Cunha. O placar final ficou com 11 votos favoráveis à cassação e 9 contra.
Veja a íntegra da decisão:
Decisão Indisponibilidade de Bens de Eduardo Cunha