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Juiz determina que Delúbio Soares volte a trabalhar na CUT

O benefício estava suspenso desde 27 de fevereiro, por causa de processo disciplinar que apurava denúncias de regalias a Delúbio na prisão


	Delúbio Soares: ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão pelo processo do mensalão
 (Wikimedia Commons)

Delúbio Soares: ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão pelo processo do mensalão (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 20h36.

Brasília - O juiz Bruno André Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, autorizou hoje (19) o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a retomar o trabalho externo na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília.

O benefício estava suspenso desde 27 de fevereiro, por causa de processo disciplinar que apurava denúncias de regalias a Delúbio na prisão.

A autorização para voltar ao trabalho foi concedida após depoimento prestado ontem (18) por Delúbio na VEP. Durante a audiência, a defesa do ex-tesoureiro negou que ele tenha recebido qualquer benefício no presídio.

O processo disciplinar contra Delúbio foi aberto pelo juiz após o Ministério Público afirmar que condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que estão presos em Brasília, recebem regalias na prisão. O ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão.

Após receber a denúncia do Ministério Público, o juiz suspendeu o benefício de trabalho externo de Delúbio na sede da CUT, até o fim da investigação. Com a decisão, Delúbio voltou a cumprir pena no Centro de Internamento de Reeducação (CIR), localizado no Complexo Penitenciário da Papuda e destinado a presos do regime semiaberto que ainda não têm direito ao trabalho externo.

Em documento entregue à Vara de Execuções Penais no dia 25 de fevereiro, os promotores dizem que condenados no processo do mensalão recebem regalias, como visitas fora dos dias permitidos e alimentação diferenciada.

Segundo o Ministério Público, recentemente, uma feijoada exclusiva para os internos de uma ala do Centro de Progressão Provisória, onde Delúbio estava preso, foi feita com ingredientes que teriam sido comprados na cantina do presídio. A situação, segundo os promotores, gera instabilidade no sistema prisional.

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