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Jucá nega ter sugerido deter avanço da Lava Jato

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira revelou conversa gravada entre Jucá e Machado, ambos investigados pela Lava Jato

Romero Jucá: Jucá, um dos nomes mais próximos ao presidente interino Michel Temer, afirmou que defende que haja uma aceleração da investigação da Lava Jato (Ueslei Marcelino / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 09h41.

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou nesta segunda-feira em entrevista à rádio CBN que tenha sugerido um pacto para deter o avanço da operação Lava Jato em conversa gravada de forma oculta com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e que se sente em condições de continuar no seu cargo.

"Eu não estava me referindo à operação Lava Jato. Nós estávamos conversando sobre a economia do país, a situação de gravidade", disse o senador licenciado à rádio sobre o conteúdo da conversa que teve com Machado em março, antes da votação na Câmara dos Deputados que aprovou o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Eu entendia que o governo Dilma tinha se exaurido, que nós tínhamos que ter um novo governo, que o eixo do novo governo não podia ser a operação Lava Jato, que estava paralisando o governo. Essa sangria eu me refiro à situação de gravidade econômica e social do país", acrescentou Jucá, que também é o presidente em exercício do PMDB atualmente.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira revelou conversa gravada entre Jucá e Machado, ambos investigados pela Lava Jato, em que o atual ministro sugere que uma troca no governo federal resultaria em pacto para frear os avanços da Lava Jato.

Em um dos trechos da conversa, Jucá diz ao interlocutor: "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", em resposta à preocupação expressada por Machado de que sua investigação na Lava Jato saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fosse parar nas mãos do juiz federal do Paraná Sérgio Moro, segundo o jornal.

Jucá, um dos nomes mais próximos ao presidente interino Michel Temer, afirmou que defende que haja uma aceleração da investigação da Lava Jato para "delimitar quem é culpado e quem não é culpado", e disse que essa também é a posição de Temer.

"Tem que definir quem tem culpa e quem não tem culpa. Outra coisa que tem que ser delimitada é as empresas que são criminosas, que tipo de penalidade elas vão pagar, para que a ação e os investimentos sejam retomados", disse o ministro em entrevista ao vivo à rádio.Jucá acrescentou não ter "cometido crime nenhum".

Segundo o ministro, a conversa com Machado, que é ligado ao PMDB, aconteceu pessoalmente e só os dois estavam presentes no momento.

Machado presidiu a Transpetro de 2003 a 2015 e deixou o cargo após denúncias de suposto envolvimento em esquema de corrupção relacionado à Petrobras.

Jucá afirmou ainda que se sente totalmente em condições de permanecer no governo e continuar normalmente com o trabalho, lembrando que nesta segunda-feira vai trabalhar junto ao Congresso Nacional para a aprovação da nova meta de déficit fiscal.

"Pretendo continuar trabalhando. Hoje tenho que cuidar da aprovação do déficit fiscal, que é um problema para o governo que está dentro desse quadro de dificuldades que foi herdado pelo governo Temer", afirmou.

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O ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou nesta segunda-feira em entrevista à rádio CBN que tenha sugerido um pacto para deter o avanço da operação Lava Jato em conversa gravada de forma oculta com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e que se sente em condições de continuar no seu cargo.

"Eu não estava me referindo à operação Lava Jato. Nós estávamos conversando sobre a economia do país, a situação de gravidade", disse o senador licenciado à rádio sobre o conteúdo da conversa que teve com Machado em março, antes da votação na Câmara dos Deputados que aprovou o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Eu entendia que o governo Dilma tinha se exaurido, que nós tínhamos que ter um novo governo, que o eixo do novo governo não podia ser a operação Lava Jato, que estava paralisando o governo. Essa sangria eu me refiro à situação de gravidade econômica e social do país", acrescentou Jucá, que também é o presidente em exercício do PMDB atualmente.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira revelou conversa gravada entre Jucá e Machado, ambos investigados pela Lava Jato, em que o atual ministro sugere que uma troca no governo federal resultaria em pacto para frear os avanços da Lava Jato.

Em um dos trechos da conversa, Jucá diz ao interlocutor: "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", em resposta à preocupação expressada por Machado de que sua investigação na Lava Jato saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fosse parar nas mãos do juiz federal do Paraná Sérgio Moro, segundo o jornal.

Jucá, um dos nomes mais próximos ao presidente interino Michel Temer, afirmou que defende que haja uma aceleração da investigação da Lava Jato para "delimitar quem é culpado e quem não é culpado", e disse que essa também é a posição de Temer.

"Tem que definir quem tem culpa e quem não tem culpa. Outra coisa que tem que ser delimitada é as empresas que são criminosas, que tipo de penalidade elas vão pagar, para que a ação e os investimentos sejam retomados", disse o ministro em entrevista ao vivo à rádio.Jucá acrescentou não ter "cometido crime nenhum".

Segundo o ministro, a conversa com Machado, que é ligado ao PMDB, aconteceu pessoalmente e só os dois estavam presentes no momento.

Machado presidiu a Transpetro de 2003 a 2015 e deixou o cargo após denúncias de suposto envolvimento em esquema de corrupção relacionado à Petrobras.

Jucá afirmou ainda que se sente totalmente em condições de permanecer no governo e continuar normalmente com o trabalho, lembrando que nesta segunda-feira vai trabalhar junto ao Congresso Nacional para a aprovação da nova meta de déficit fiscal.

"Pretendo continuar trabalhando. Hoje tenho que cuidar da aprovação do déficit fiscal, que é um problema para o governo que está dentro desse quadro de dificuldades que foi herdado pelo governo Temer", afirmou.

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