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Jucá desvincula votações de reformas no Senado e na Câmara

Senador afirmou que votação das alterações previdenciárias pelo plenário da Câmara não depende da votação da reforma trabalhista no Senado

Romero Jucá, sobre a reforma Trabalhista: "temos a urgência de votar a reforma, mas não vamos deixar de debater a matéria" (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 14h47.

Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira que a reforma trabalhista será votada pelos senadores quando estiver "madura" e que a votação das alterações previdenciárias pelo plenário da Câmara dos Deputados não depende dessa votação.

Após participar de reunião com 19 dos 22 integrantes da bancada do PMDB no Senado com o presidente Michel Temer e ministros, no Palácio do Planalto, Jucá disse a jornalistas que, se os senadores julgarem ser necessária alguma modificação na reforma trabalhista, ela poderá se dar no próprio texto da reforma ou por meio da edição de uma futura medida provisória.

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"Temos a urgência de votar a reforma, mas não vamos deixar de debater a matéria", disse ele, ao destacar que o Senado é soberano para apreciar a matéria e até mesmo modificá-la.

O senador afirmou que, até o momento, não acredita haver necessidade de alterar a reforma trabalhista. Ele defendeu que a matéria não retira quaisquer direitos dos trabalhadores.

"Vou pedir que me apontem onde está a retirada de direitos", disse Jucá, que se reúne nesta tarde com representantes de centrais sindicais.

Para ele, a reforma ser analisada pelas três comissões permanentes --a de Assuntos Econômicos (CAE), a de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Assuntos Sociais (CAS)--, "supre bem" a discussão da matéria.

Havia uma possibilidade que apreciado um requerimento de urgência para que a reforma fosse votada diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões.

Mas Jucá disse que a proposta vai seguir o trâmite regular e, se houver a apresentação de um requerimento de urgência, será quando a proposta estiver pronta para ir à votação no plenário, de forma a garantir que os senadores possam apresentar emendas.

Com esse calendário, ele não quis se comprometer com um prazo para que a reforma trabalhista vá à votação no plenário do Senado. E procurou desfazer qualquer vinculação entre a votação da reforma da Previdência pelos deputados em plenário --prevista para ocorrer até o final deste mês-- e a votação da trabalhista pelos senadores.

O senador, que também preside o PMDB, disse que o partido vai discutir se fecha questão para votar a favor da reforma da Previdência.

Ele ressalvou que até o momento não houve qualquer pedido de integrantes da legenda nesse sentido. Se isso ocorrer, parlamentares poderão ser punidos caso votem contrariamente à orientação partidária. "Não vamos antecipar esse debate", disse.

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