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Jucá articula saída de Renan da liderança do PMDB do Senado

Líder do governo reuniu-se com Temer no Palácio do Planalto após se envolver num bate-boca no plenário do Senado com Renan

Renan Calheiros e Romero Jucá: no Senado, Renan afirmou que Temer não tinha "legitimidade" para propor reformas no momento que é investigado no STF (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2017 às 12h41.

Brasília - Com aval do presidente Michel Temer, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a coletar assinaturas para derrubar o colega Renan Calheiros (AL) da liderança do PMDB da Casa.

O líder do governo, que também é presidente do PMDB, reuniu-se na noite de terça-feira com Temer no Palácio do Planalto, após se envolver num bate-boca no plenário do Senado com Renan. Ele recebeu o aval do governo para tentar trocar a liderança peemedebista, segundo apurou a Reuters com uma fonte familiarizada com as negociações.

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No Senado, Renan afirmou que Temer não tinha "legitimidade" para propor reformas no momento que é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), disse ser um "erro" do presidente achar que poderia governar sob influência do "presidiário" Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e ainda insinuou que o presidente não deve concluir o mandato.

O atual líder do PMDB disse que poderia trocar as indicações da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e, se fosse para defender essa proposta, preferiria renunciar ao cargo.

Romero Jucá, relator da reforma trabalhista na CCJ, rebateu Renan e defendeu a aprovação do texto e disse que, ao contrário do que alegara o líder peemedebista, a proposta não retira direito dos trabalhadores. O governo tenta aprovar a reforma na comissão nesta quarta-feira a fim de dar um sinal de que não está fragilizado após o texto de interesse do Executivo ter sido derrotado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), ainda mais agora com a denúncia contra Temer.

Há pelo menos dois meses, Jucá tinha começado a angariar apoios na bancada para retirar Renan da liderança do PMDB, após ele ter feito duras críticas às reformas do governo Temer. Mas o movimento arrefeceu após Renan ter sido enquadrado pela bancada, que decidiu, apesar das reclamações dele, endossar as reformas.

Contudo, as novas críticas de Renan fizeram com que Jucá retomasse o movimento. Para retirá-lo do cargo, é necessário o apoio de pelo menos 12 dos 22 senadores da bancada --a maior da Casa. Até o momento, Jucá contabiliza oito apoios. Um dos cotados para assumir o posto, Garibaldi Alves Filho (RN), também bateu-boca com Renan na sessão de terça.

Ainda não há uma decisão sobre se e quando o pedido de destituição de Renan da liderança será formalizado.

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