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Jovens que agrediram doméstica terão de pagar R$ 500 mil

Cinco rapazes, em junho de 2007, espancaram a empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto, em um ponto de ônibus na Barra da Tijuca

Ponto de ônibus: grupo disse que supôs que a mulher fosse uma prostituta e decidiu atacá-la (REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 18h30.

Rio - Os cinco rapazes que, em junho de 2007, espancaram a empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto, em um ponto de ônibus na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio ), foram condenados a pagar R$ 500 mil como indenização por danos morais e materiais. Cada um terá de desembolsar R$ 100 mil. A decisão foi da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), que confirmou punição já aplicada em primeira instância e da qual os condenados recorreram.

A agressão ocorreu às 4h50 de 23 de junho de 2007. Sirley, então com 32 anos, estava na avenida Lúcio Costa, em frente ao prédio onde trabalhava e permanecia durante a semana. Ela seguiria de ônibus para um posto de saúde em Imbariê, bairro de Duque de Caxias (Baixada Fluminense) onde a doméstica morava. No posto, ela faria um exame de saúde.

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O estudante de Administração Felippe de Macedo Nery Neto, então com 20 anos; o técnico de informática Leonardo Andrade e o estudante de Direito Rubens Arruda, ambos de 19 anos; o estudante de Gastronomia Júlio Junqueira e o estudante de Turismo Rodrigo Bassalo, ambos de 21 anos, desceram de um Gol preto. A doméstica pensou que iriam entrar num prédio, mas eles foram em direção a ela e puxaram sua bolsa. Tentando impedir o roubo, ela caiu no chão, e os rapazes passaram a chutá-la, especialmente na cabeça. Depois os cinco fugiram levando a bolsa, onde havia telefone celular, documentos e R$ 47.

Um taxista anotou a placa do Gol usado pelos criminosos, e a polícia descobriu que o veículo pertencia a Felippe. Interrogado, ele confessou o crime e denunciou os outros comparsas. Contou que o grupo voltava de uma festa, supôs que a mulher fosse uma prostituta e decidiu atacá-la.

O grupo foi julgado em fevereiro de 2008 e condenado a penas que variaram de seis anos a sete anos e quatro meses de prisão.

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