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Jovem brasileiro é otimista e conectado, diz estudo

Para 76% dos jovens brasileiros, os melhores anos do Brasil ainda estão por vir


	Jovens fazem gesto de paz e amor com as mãos: apaesar do otimismo, os jovens brasileiros se preocupam com a corrupção no país
 (Scott Barbour/Getty Images)

Jovens fazem gesto de paz e amor com as mãos: apaesar do otimismo, os jovens brasileiros se preocupam com a corrupção no país (Scott Barbour/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 09h14.

São Paulo - O otimismo é a característica mais marcante dos jovens brasileiros da chamada "geração do milênio". É o que revela uma pesquisa feita com 6,7 mil jovens com idade entre 18 e 30 anos em 18 países na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa.

O estudo feito pela Telefônica mostrou que os jovens estão satisfeitos com o que alcançaram até agora, mas continuam preocupados em alcançar uma carreira bem-sucedida ou em abrir seu próprio negócio. Para 76% dos jovens brasileiros, os melhores anos do Brasil ainda estão por vir, o que não significa que não sejam críticos em relação à realidade atual.

Segundo a pesquisa, 94% dos jovens brasileiros se consideram otimistas. Deles, 61% se dizem muito otimistas e 33% um pouco otimistas sobre o futuro.

Embora com um otimismo acima da média dos demais países pesquisados, os jovens brasileiros se preocupam com a corrupção no País. Na avaliação de 46% dos brasileiros entrevistados, a corrupção é o principal problema a ser enfrentado pelo Brasil e pelo mundo.

Na pesquisa, 83% dizem que ela é o maior empecilho para o crescimento do País, ao lado de desigualdade social (59%), inflação (56%) e lideranças políticas (49%).

No que diz respeito à educação, 75% dos brasileiros se mostram insatisfeitos com o sistema de ensino. Este índice está acima da média da América Latina, que é de 57%. Para 70% dos entrevistados no Brasil, o sistema de ensino é o principal aspecto da infraestrutura do país que o governo deve se concentrar em melhorar.

E eles dizem que os três primeiros itens relacionados à educação que precisam melhorar são acesso à tecnologia (72%), qualidade dos professores (70%) e universalização do ensino (68%).

Para 55% dos entrevistados, a melhor forma que os jovens têm para ajudar a fazer a diferença em suas comunidades locais é usar redes sociais como instrumento para documentar, denunciar e divulgar.

A tecnologia, principalmente a móvel, é uma aliada fundamental para estes jovens. Sobre a influência na própria formação, a geração do milênio coloca a família em primeiro lugar (79%). Em seguida aparecem escola (66%) e religião (41%).

A ambição de ter o próprio negócio tem destaque na América Latina, com 26% das respostas, contra 8% nos Estados Unidos e 6% na Europa Ocidental.

Conectividade

Um dos consensos entre os jovens no Brasil é a adoção da tecnologia móvel. No Brasil, 78% dos entrevistados se consideram na vanguarda da tecnologia e possuem um smartphone. Em relação a tablets, o índice é de 42%. Em 2013, esses porcentuais eram, respectivamente, 63% e 24%.

Outras plataformas e produtos entram no mundo dos jovens da geração milênio, como SmartTV (35%) e dispositivos wearable (27%). Dois a cada três jovens no Brasil usam o celular para acessar a internet. Para 42% deles, o aparelho móvel é o principal meio de acesso à rede - acesso por computador se resume a 33%.

Entre as principais atividades dos jovens no ambiente online, destacam-se o acesso a redes sociais (com 58%), para troca de mensagens instantâneas (45%) e acesso a e-mail (35%). Cerca de um terço dos jovens entrevistados disseram acessar a internet várias vezes ao dia.

No entanto, segundo a pesquisa conduzida pela consultoria americana Penn Schoen Berland entre 23 de junho e 4 de agosto deste ano, "apenas 5% dos jovens são classificados como exploradores iniciantes, fazendo uso mais amplo da internet, como a participação em fóruns, cursos online, instalação de softwares e compras online".

Com o celular na mão, o brasileiro é o que mais lê notícias (60%), em comparação com EUA (43%), Europa (50%) e América Latina (54%). É também o que mais usa o celular para fazer transações financeiras (24% contra 22%, 15% e 19%, respectivamente), encontrar uma localização (28% contra 19%, 13% e 24%) e marcar um encontro (24%, contra 15%, 14% e 16%).

A pesquisa global da geração do milênio da Telefônica durante a Futurecom, em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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