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Josué Gomes e Skaf assinam nota conjunta que busca encerrar crise na Fiesp

Josué e Skaf contam, na nota conjunta, que chegaram à conclusão de que cabia a eles dar o exemplo de superação de divergências

Fiesp: os empresários consideraram fundamental o reconhecimento contínuo e representativo de setores formados por pequenas e médias empresas (Julia Moraes/Fiesp/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 19h14.

Após dias de guerra entre a base de apoio e a oposição ao comando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as partes chegaram nesta quinta-feira, 26, a um acordo de paz. O armistício foi concretizado em nota conjunta assinada pelo presidente da entidade, Josué Gomes da Silva, e seu antecessor no cargo, Paulo Skaf, considerado o líder dos sindicatos que, na semana passada, votaram pela deposição de Josué.

No texto, os industriais prometem trabalhar juntos pelo melhor funcionamento da entidade, algo que, segundo eles, depende de uma gestão mais ampla e abrangente, com a participação de todos os filiados. O acordo saiu após Josué aceitar dar maior voz aos sindicatos menores nas decisões da Fiesp. Sindicatos menores perderam o acesso fluido à entidade e atenção que recebiam na época da administração de Skaf e passaram a pedir a saída de Josué do comando.

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Agora, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), eles devem ganhar espaço nos colegiados e comitês da federação.

Após momentos de discussões internas e externas que representaram "um dos grandes desafios na história de mais de 90 anos" da entidade, Josué e Skaf contam, na nota conjunta, que chegaram à conclusão de que cabia a eles dar o exemplo de superação de divergências.

"Assim, decidimos usar toda a nossa energia, capacidade de liderança e de articulação para fortalecer a nossa entidade e impulsionar, a partir dela, o processo de reindustrialização do nosso País", escreveram os dois líderes da indústria.

Além de destacar a importância da participação de todos os sindicatos na entidade patronal, os empresários consideraram fundamental o reconhecimento contínuo e representativo de setores formados por pequenas e médias empresas. Os dois haviam rompido quando a Fiesp, sob a liderança de Josué, aderiu ao manifesto em defesa da democracia, lançado no mês de agosto em meio aos ataques contra o sistema eleitoral feitos pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Trabalharemos juntos visando a contínua melhoria do funcionamento da nossa entidade e buscando atingir nosso propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável de nossa indústria e do nosso País", prometem Josué e Skaf. "Conclamamos a todos que abandonem eventuais diferenças e se unam a nós nesta jornada, com a certeza que estamos fazendo o melhor pela Fiesp e pelo Brasil", conclui a nota conjunta.

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